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Projeto pretende desenvolver plataforma de monitoramento oceânico sustentada com energia das ondas
10 de outubro de 2025, 12:25

Fonte

Renata Silva, FCUP

Publicação Original

Áreas

Ciência Ambiental, Engenharia Ambiental, Engenharia de Energia, Monitoramento Ambiental, Oceanografia, Saúde Ambiental, Sensoriamento Remoto, Sustentabilidade

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Resumo

A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), em Portugal, lidera o projeto BEAT-IT, que pretende criar um sistema totalmente alimentado pela energia dos oceanos para o monitoramento ambiental marítimo.

“O nosso objetivo é desenvolver a primeira plataforma de monitorização oceânica energeticamente autônoma, ao integrar de forma inovadora tecnologias emergentes de recolha e de armazenamento de energia”, explicou o Dr. João Ventura, pesquisador da FCUP e responsável pelo projeto.

A equipe do projeto BEAT-IT, que inclui cientistas da FCUP e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), pretende incluir, num mesmo sistema, três diferentes tecnologias. Duas tecnologias são para captação da energia: os nanogeradores tribolétricos (TENGs), que convertem o movimento das ondas em eletricidade, e os geradores induzidos por evaporação da água (WEIGs), que transformam calor ambiente em energia elétrica; uma terceira tecnologia será usada para o armazenamento da energia: baterias de água do mar que usam íons do oceano como recurso energético. Estas tecnologias são facilmente escaláveis e de baixo custo de produção e manutenção.

“As baterias extraem íons de sódio diretamente do sal da água do mar e podem armazenar a energia do movimento das ondas recolhida pelos TENGs, bem como a da evaporação da água recolhida pelos WEIGs”, explicou a Dra. Joana Oliveira, professora do Departamento de Engenharia Química e Biológica da FEUP.

O objetivo é usar de forma combinada estas soluções e provar que é possível captar, converter e armazenar energia no próprio ambiente marinho, sem necessidade de combustíveis fósseis ou infraestrutura externa.

“A energia produzida pelo oceano pode ser utilizada também para alimentar todo o tipo de sensores de temperatura ou de salinidade, por exemplo, já usados na aquicultura ou para detecção de embarcações não autorizadas no caso da vigilância costeira”, destacou o Dr. João Ventura.

As primeiras validações serão realizadas em modelos laboratoriais em escala reduzida (1:8), e a fase final incluirá vários testes do sistema integrado em uma boia de monitoramento.

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP)
Professora do Departamento de Engenharia Química e Biológica da FEUP

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