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Projeto europeu pretende revolucionar o diagnóstico precoce e o tratamento da esquizofrenia
21 de dezembro de 2024, 12:09

Fonte

Rui Marques Simões, Universidade de Coimbra

Publicação Original

Áreas

Bioquímica, Envelhecimento, Epidemiologia, Estudo Clínico, Farmacologia, Neurociências, Neurologia, Psiquiatria, Saúde Mental, Saúde do Idoso

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Resumo

O projeto europeu VOLABIOS (Validation and Comparative Multi-Omics Benchmarking of Fluid-Derived Volatilomics Biomarkers for the Prevention and Early Detection of Schizophrenia) reúne 18 parceiros de 11 países – incluindo a Universidade de Coimbra (UC), em Portugal – e acaba de receber um financiamento de oito milhões de euros (cerca de R$ 51 milhões) no âmbito do programa Horizonte Europa.

O objetivo das pesquisas, que começam no dia 1 de janeiro de 2025 e pretendem revolucionar o diagnóstico precoce e o tratamento da esquizofrenia, é desenvolver ferramentas diagnósticas mais avançadas e de menor custo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares e otimizando as estratégias de tratamento e monitorização da doença.

A esquizofrenia é uma doença mental crônica que afeta aproximadamente 1% da população mundial (cerca de 80 milhões de pessoas) e está entre as 15 principais causas de incapacidade em nível global, reduzindo a esperança de vida em 10 a 15 anos.

Ao longo dos quatro anos e meio de duração do projeto, os pesquisadores do consórcio multidisciplinar vão atuar em duas linhas: estudando a mecânica molecular da esquizofrenia e utilizando novas tecnologias para facilitar o diagnóstico precoce da doença.

Envolvendo diferentes abordagens científicas e integrando ferramentas da espectrometria móvel e inteligência artificial, os pesquisadores esperam que seja possível “a identificação precisa e rápida de sinais químicos e bioquímicos que servem como biomarcadores para a esquizofrenia, melhorando a precisão do diagnóstico, reduzindo os prazos e abrindo caminho para intervenções mais precoces, uma compreensão mais profunda da doença e melhores resultados para os pacientes”.

O projeto terá múltiplas etapas, desde a análise retrospectiva de 9 milhões de registos médicos até o estudo clínico envolvendo mais de 3000 pacientes – de seis centros médicos de toda a Europa – que serão acompanhados regularmente durante um período de 18 a 36 meses, para avaliar alterações e validar os resultados.

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