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Fonte
Erik Robinson, OHSU
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Resumo
Pesquisadores sugerem que a posição em que os socorristas colocam inicialmente os dois eletrodos de um desfibrilador no corpo de uma pessoa em parada cardíaca pode fazer uma diferença significativa no retorno da circulação sanguínea espontânea após o choque do desfibrilador.
Em estudo observacional, resultados apontam para melhores desfechos associados à posição anterior-posterior.
Foco do Estudo
Estudo
Atualmente, não existe consenso que indique qual das estratégias de colocação de eletrodos de um desfibrilador em uma pessoa em parada cardíaca leva a melhores desfechos: tanto a posição anterior-lateral (os dois eletrodos na posição frontal do paciente) como a posição anterior-posterior (um eletrodo no tórax e outro nas costas) são usadas. A escolha por uma ou outra estratégia costuma depender apenas da melhor posição para deixar o paciente.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (OHSU) desenvolveram um estudo observacional que sugere que a posição dos eletrodos de um desfibrilador no corpo de uma pessoa em parada cardíaca pode fazer uma diferença importante no retorno da circulação sanguínea espontânea.
Os pesquisadores usaram dados do Portland Cardiac Arrest Epidemiologic Registry, que registrou de forma abrangente a posição de colocação dos eletrodos de desfibriladores entre julho de 2019 e junho de 2023.
Para fins do estudo, os pesquisadores revisaram 255 casos tratados pelo Tualatin Valley Fire & Rescue, onde os dois eletrodos foram colocados tanto na posição anterior-lateral quanto na posição anterior-posterior.
Os pesquisadores alertaram que o estudo, publicado na revista científica JAMA Network Open, é apenas observacional e não um estudo clínico definitivo.
Quanto menos tempo a pessoa estiver em parada cardíaca, melhor. Quanto mais tempo o cérebro tiver baixo fluxo sanguíneo, menores serão as chances de um bom desfecho
Resultados
Os pesquisadores identificaram que a estratégia de colocar os eletrodos na posição anterior-posterior da pessoa em parada cardíaca foi associada a 2,64 vezes mais chances de retornar à circulação sanguínea espontânea, em comparação com a colocação dos eletrodos na posição anterior-lateral.
Posicionar os eletrodos com a estratégia anterior-posterior poderia ‘cercar’ melhor o coração, aumentando a possibilidade de que a corrente elétrica seja entregue de forma mais efetiva ao órgão.
No entanto, isso não é facilmente possível em muitos casos. Por exemplo, o paciente pode estar acima do peso ou posicionado de tal forma que não possa ser facilmente movido.
Os pesquisadores lembram que o posicionamento dos eletrodos é apenas um fator entre muitos no tratamento bem-sucedido da parada cardíaca.
Pode ser difícil mover a pessoa [em parada cardíaca]. Os socorristas médicos de emergência geralmente conseguem fazer isso, mas [pessoas não treinadas] podem não conseguir mover a pessoa. E também é importante fornecer a corrente elétrica o mais rápido possível.
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica JAMA Network Open (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (em inglês).