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Política pública de fluoretação da água pode reduzir gastos odontológicos das famílias com tratamentos evitáveis
3 de fevereiro de 2025, 18:30

Fonte

Faculdade de Saúde Pública da USP

Publicação Original

Áreas

Cidades, Desigualdade Socioambiental, Odontologia, Qualidade da Água

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Resumo

A pesquisa de doutorado de Lorrayne Belotti, realizada junto à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), mostrou os benefícios econômicos trazidos pela fluoretação da água.

O estudo, orientado pelo Dr. Paulo Frazão – professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da FSP-USP – foi publicado na revista científica Brazilian Dental Journal.

Segundo a pesquisadora, a cada R$ 1,00 investido no processo de fluoretação, famílias brasileiras economizam, em média, R$ 50,00 com tratamentos odontológicos futuros com crianças de 7 a 12 anos.

A economia registrada pode variar dependendo do tamanho da cidade, do tipo de dentição (temporária ou permanente) e de outros fatores. Cidades com mais de 500 mil habitantes, como São Paulo, apresentam uma economia por família superior a R$ 50,00.

O professor Paulo Frazão alertou para as cidades que não realizam esse processo: “No Brasil, quatro capitais da região Norte (Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista e Belém) e cinco da região Nordeste (Teresina, Natal, João Pessoa, Recife e Maceió) não garantem o benefício da fluoretação da água. Comparadas às capitais das regiões Sul e Sudeste, essas populações apresentam níveis mais elevados de cárie. É provável que estejam comprometendo desnecessariamente parte de sua renda com tratamentos odontológicos evitáveis”, concluiu o professor.

O processo de fluoretação da água já é previsto no Brasil pelas leis 6.050/74 e 14.572/23.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da FSP-USP
Doutora em Saúde Pública pela FSP-USP e pesquisadora do Centro de Estudos, Pesquisas e Práticas em Atenção Primária à Saúde e Redes do Hospital Albert Einstein

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