
Fonte
Stanford Report
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Resumo
Em países de baixa e média renda, pisos de terra batida em habitações podem dificultar a higienização, sendo uma via de entrada para patógenos que podem colocar em risco a saúde.
Atualmente, pesquisadores da Universidade Stanford estão trabalhando para desenvolver novas soluções em pisos de concreto, que sejam baratas, acessíveis e que reduzam substancialmente o custo ambiental do concreto, cuja indústria apresenta alta pegada de carbono.
A Dra. Jade Benjamin-Chung, professora de Epidemiologia e Saúde das Populações na Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos EUA, trabalhou com colegas pesquisadores para analisar o impacto de intervenções sobre a água, saneamento e higiene nos resultados de saúde em lares de Bangladesh de renda média e baixa entre 2012 e 2013. Naquela ocasião, os pesquisadores identificaram limitações nos resultados de saúde a partir de intervenções de higiene.
O piso das casas, comumente de terra compactada, foi apontado como vilão, devido à dificuldade de higienização do material. A solução, então, seria a adoção de pisos de concreto, mais fáceis de limpar e que facilitariam a remoção de patógenos.
Para reduzir custos e propor uma solução ambientalmente melhor, fugindo do custo ambiental da indústria de concreto, os pesquisadores estão realizando um estudo sobre o que seria um ‘concreto de baixo carbono’.
Recentemente, a professora Jade Benjamin-Chung e a Dra. Sara Billington, especialista em concreto e materiais de construção civil, estão trazendo outros especialistas da Universidade Stanford para o grupo de pesquisa com a finalidade de entender por que o concreto é eficaz na redução da transmissão de patógenos e para projetar alternativas de concreto de baixa emissão que retenham essas propriedades úteis.
Este projeto pode realmente ser um modelo de como contribuir com a saúde pública com sustentabilidade incluída desde o início
A Dra. Alexandria Boehm, professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Escola de Engenharia de Stanford e também pesquisadora envolvida no projeto, traz experiência no estudo de micróbios em superfícies de concreto. O Dr. Michael Lepech, professor de Engenharia Civil e Ambiental de Stanford que se concentra em construções de concreto e integridade estrutural, também está trabalhando com a equipe.
Os pesquisadores estão trabalhando com parceiros comunitários em Bangladesh, como o International Centre for Diarrheal Disease Research, para compreender o contexto e as necessidades únicas de famílias que poderiam mudar para piso de concreto. Além disso, eles querem desenvolver uma mistura usando ingredientes que estejam disponíveis e acessíveis em países como Bangladesh e que possam ser facilmente usados com ferramentas e infraestrutura existentes.
Um possível ingrediente para um cimento de menor emissão é a cinza volante reciclada, um subproduto da queima de carvão. Os metais pesados na cinza volante são inertes quando incorporados ao cimento, tornando o material seguro para uso doméstico.
A mistura de concreto resultante é acessível, durável, produz menos emissões e faz uso de material perigoso que, de outra forma, seria enviado para um aterro sanitário.
Acesse a reportagem completa na página do Portal Stanford Report (em inglês).
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