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Resumo
Pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), vinculados ao Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (PPGCB) e também ao Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), em colaboração com colegas do Brasil e do exterior, propuseram novos compostos e tecnologias para o combate a parasitas causadores da leishmaniose e da esquistossomose.
Os pesquisadores adotaram uma abordagem interdisciplinar envolvendo laboratórios de Parasitologia Clínica e Básica; Microbiologia e Imunologia Básica; Biologia Estrutural; Pesquisa em Química Medicinal e Biologia Animal Integrativa.
“Os projetos foram realizados em parceria usando de diferentes expertises das áreas biológicas e farmacêuticas para encontrar soluções inovadoras em modelos de parasitismo, com novas abordagens terapêuticas e mecanismos moleculares de patogênese”, explicou o Dr. Marcos José Marques, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da UNIFAL-MG e um dos líderes das pesquisas.
Um dos estudos propôs a síntese de novos compostos químicos da classe dos bistriazóis, com potencial leishmanicida. Publicado na revista científica ACS Omega, o trabalho foi desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e apresentou um composto que demonstrou alta capacidade de eliminar o parasita causador da leishmaniose em laboratório, tanto na fase em que ele circula no corpo quanto na fase de alojamento nas células humanas. Além disso, o composto se mostrou menos tóxico que o medicamento tradicional, a anfotericina B.
Outro trabalho, publicado na revista científica Journal of Pharmacy and Pharmacology, foi uma revisão sistemática inédita sobre o uso de formulações nanoestruturadas à base de praziquantel (PZQ) para o tratamento da esquistossomose. Os pesquisadores reformularam o principal medicamento contra a esquistossomose usando tecnologia de nanopartículas para liberação controlada do fármaco. Os testes mostraram que o medicamento nessa nova versão age por mais tempo no organismo, combate melhor os parasitas e tem menos efeitos colaterais.
Na terceira pesquisa, desenvolvida em parceria com pesquisadores da Universidade Griffith, na Austrália; Universidade de Dundee, no Reino Unido, e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), os pesquisadores identificaram inibidores potentes contra parasitas causadores da leishmaniose visceral nas Américas e na Ásia.
O estudo, publicado na revista científica Communications Biology, utilizou triagens de compostos em larga escala para identificar moléculas com alta atividade contra os protozoários Leishmania donovani e L. infantum chagasi, responsáveis pelas formas mais graves da doença, que afeta órgãos internos como fígado e baço.
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Autores/Pesquisadores Citados
Mais Informações
Acesse o artigo científico completo publicado na revista ACS Omega (em inglês).
Acesse o artigo científico completo publicado na revista Journal of Pharmacy and Pharmacology (em inglês).
Acesse o artigo científico completo publicado na revista Communications Biology (em inglês).
Acesse a notícia original completa na página da Universidade Federal de Alfenas.
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