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Pesquisadores estudam predisposição a reações adversas a alimentos em pessoas fisicamente ativas
25 de abril de 2025, 11:21

Fonte

Universidade Politécnica de Madri

Publicação Original

Áreas

Bioquímica, Educação Alimentar, Educação Física, Estudo Clínico, Nutrição Clínica, Nutrição Esportiva, Qualidade dos Alimentos, Toxicologia

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Resumo

Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Politécnica de Madri (UPM), da Universidade Complutense de Madrid, da Universidade San Pablo CEU, da Universidade de Valladolid e do Centro Espanhol de Pesquisa Biomédica em Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição (CIBEROBN), na Espanha, desenvolveu um trabalho pioneiro que pode ser um divisor de águas no gerenciamento de reações adversas a alimentos (RAAs).

As RRAs referem-se a qualquer reação alimentar imunomediada – como alergias alimentares ou hipersensibilidade alimentar – ou não imunomediada, como a má absorção alimentar (por exemplo, a má absorção de frutose) e a intolerância alimentar (por exemplo, a intolerância à lactose).

No projeto ALASKA (Alergias e Intolerâncias Alimentares em Adultos e Atletas), os pesquisadores se propuseram a investigar a prevalência das RAAs de acordo com a idade, e também a analisar o nível de desempenho físico de acordo com o tipo de RAAs; e a determinar a probabilidade de ter RAAs positiva de acordo com os níveis de desempenho físico.

O estudo clínico envolveu 254 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 77 anos, dos quais 80% eram fisicamente ativos. Para serem elegíveis ao estudo, os candidatos deveriam apresentar desconfortos associados ao consumo de determinados alimentos, principalmente relacionados ao sistema digestivo, pele e sistema nervoso (como inchaço abdominal, flatulência, pele seca, coceira ou vontade de coçar, cansaço e falta de concentração), de acordo com os resultados de um questionário específico elaborado para o projeto.

Os biomarcadores da RAAs analisados ​​no estudo tiveram foco na hipersensibilidade alimentar, intolerância à lactose e má absorção de frutose.

Os pesquisadores abordaram o estudo das reações adversas a alimentos por meio de múltiplas avaliações, como sintomatologia, ingestão de alimentos e bebidas, estudos hematobioquímicos e imunológicos, atividade enzimática, condição física, antropometria e composição corporal.

Uma dieta de substituição alimentar personalizada e específica para alérgenos foi elaborada para evitar deficiências em micronutrientes essenciais que uma dieta de eliminação ou prevenção rigorosa de alérgenos pode causar.

Dentre outros resultados, publicados na revista científica Nutrients, os pesquisadores concluíram que indivíduos com 45 anos ou menos apresentaram maior prevalência de hipersensibilidade alimentar total do que indivíduos com mais de 45 anos, e a intolerância à lactose positiva foi associada a valores mais baixos de força de preensão manual.

“Nosso trabalho representa mais um passo em direção à melhoria da qualidade de vida de pessoas com alergias e intolerâncias alimentares, oferecendo soluções baseadas em evidências e adaptadas às necessidades individuais”, concluiu a Dra. Lisset Pantoja, professora da Universidade Politécnica de Madri e coordenadora do estudo.

Os resultados da pesquisa melhoram a compreensão de como reações adversas a alimentos afetam a vida diária das pessoas e mostram como melhorar seu bem-estar. Mas os pesquisadores destacam que mais pesquisas são necessárias para esclarecer a relação entre variáveis ​​relacionadas ao desempenho físico e as RAAs.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora da Universidade Politécnica de Madri

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