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Resumo
Uma equipe de cientistas da Escola Médica de Harvard, do Brigham and Women’s Hospital, do Albert Einstein College of Medicine, nos EUA, e também do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, em Portugal, descobriu que indivíduos centenários têm genes sem mutações disfuncionais.
Estes chamados ‘genes da longevidade’ (sem mutações), aparentemente hereditários, estão descritos em artigo publicado na revista científica Nature Communications e abrem caminho para o desenvolvimento de estratégias farmacológicas para o envelhecimento saudável.
“[Os centenários] representam um modelo raro e valioso do estudo do envelhecimento bem-sucedido, apresentando frequentemente um início tardio ou mesmo escapando às principais doenças relacionadas com a idade, como as doenças cardiovasculares, cânceres ou doenças neurodegenerativas. Além disso, muitos mantêm a função física e cognitiva, bem como a independência, até perto do seu fim de vida”, explicou o Dr. José Pedro Castro, pesquisador do i3S da Universidade do Porto.
O estudo identificou 35 genes com um número menor de mutações disfuncionais em centenários. “Genes notáveis como o RGP1, PCNX2 e ANO9 foram identificados como tendo um efeito consistente na longevidade em várias caraterísticas relacionadas com o envelhecimento”, enfatizou o pesquisador do i3S.
“E o mais interessante é que conseguimos, através de métodos de computação e estatística avançados, identificar vias moleculares contendo estes genes”, destacou o pesquisador, acrescentando que “indivíduos de longevidade excepcional têm menos erros nestas vias, o que pode abrir caminho para a descoberta de fármacos capazes de modular estas vias diretamente”.
“O nosso estudo fornece novos conhecimentos sobre a arquitetura genética da longevidade humana excepcional, exemplificada por indivíduos que vivem até 100 anos ou mais, uma vez que conseguimos identificar novos genes e vias que parecem ser resistentes à perda de função com a idade e, desta forma, promovem o envelhecimento saudável e o prolongamento do tempo de vida”, concluiu o Dr. José Pedro Castro.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Nature Communications (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade do Porto.
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