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Pesquisadores alertam para risco de morte súbita entre fisiculturistas masculinos
26 de maio de 2025, 19:13

Fonte

Universidade de Pádua

Publicação Original

Universidade de Pádua

Áreas

Cardiologia, Educação Física, Nutrição Clínica, Nutrição Esportiva, Suplementos

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Resumo

Um novo estudo conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, coordenada pela Universidade de Pádua, na Itália, revelou dados preocupantes sobre a saúde de fisiculturistas masculinos, especialmente entre os profissionais.

A pesquisa, publicada na revista científica European Heart Journal, analisou dados de mais de 20.000 atletas que competiram em eventos da IFBB – a Federação Internacional de Fisiculturismo & Fitness – entre 2005 e 2020, com um acompanhamento médio de mais de oito anos.

O Dr. Marco Vecchiato, doutor em Medicina Esportiva e do Exercício pela Universidade de Pádua e primeiro autor do estudo, destacou que nos últimos anos houve um número crescente de mortes prematuras entre fisiculturistas e influenciadores fitness, indicando uma lacuna na compreensão dos riscos de longo prazo associados ao fisiculturismo competitivo.

O Dr. Andrea Ermolao, professor do Departamento de Medicina da Universidade de Pádua,  especificou que foram identificadas 121 mortes, das quais 38% atribuíveis à morte súbita cardíaca, frequentemente ligada a alterações estruturais do coração e ao uso de substâncias dopantes. O risco de morte cardíaca súbita em fisiculturistas profissionais é mais de cinco vezes maior do que em atletas amadores.

Os pesquisadores realizaram uma análise sistemática das mortes envolvendo fisiculturistas internacionais até julho de 2023, usando fontes da web em cinco idiomas diferentes. Nos poucos relatórios de autópsia disponíveis, as descobertas incluíram espessamento ou aumento do coração e, em alguns casos, doença arterial coronariana, com vários atletas abusando de drogas para melhorar o desempenho.

O fisiculturismo competitivo envolve estresse psicofísico significativo por meio de treinamento intensivo, dietas extremas, técnicas de desidratação e uso de suplementos e substâncias dopantes – como os esteroides anabólicos – para melhorar o desempenho, contribuindo para uma maior incidência de eventos fatais. Esses fatores podem sobrecarregar o sistema cardiovascular, aumentando o risco de arritmias críticas e alterações estruturais no coração ao longo do tempo.

O estudo destacou a importância de práticas de treinamento mais seguras, exames médicos regulares e uma mudança cultural que abandone o uso de substâncias dopantes para melhorar o desempenho. Os pesquisadores indicam a introdução de exames cardiovasculares proativos e colaboração entre a comunidade médica, federações esportivas e instituições para garantir uma participação mais segura dos atletas no fisiculturismo.

O estudo se concentrou em fisiculturistas do sexo masculino devido à maior disponibilidade de dados, mas a equipe de pesquisa já está trabalhando em uma análise paralela dedicada a atletas do sexo feminino e em um estudo aprofundado para avaliar como as práticas e os riscos associados a essa disciplina evoluíram ao longo do tempo.

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Autores/Pesquisadores Citados

Dr. Marco Vecchiato

Doutor em Medicina Esportiva e do Exercício pela Universidade de Pádua

Dr. Andrea Ermolao

Professor do Departamento de Medicina da Universidade de Pádua

Instituições Citadas

Universidade de Pádua

Publicação

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a revista científica European Heart Journal (em inglês).

Mais Informações

Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Pádua (em italiano).

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