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Pesquisa revela mais vegetação nativa em áreas de Goiás do que era estimado
28 de maio de 2025, 11:53

Fonte

Jayme Leno, Jornal da UFG

Publicação Original

Áreas

Ciência Ambiental, Ecologia, Engenharia Florestal, Geografia, Gestão Ambiental, Monitoramento Ambiental, Saúde Ambiental, Sensoriamento Remoto, Sustentabilidade

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Resumo

Uma nova pesquisa – que faz parte do projeto Atlas dos Remanescentes de Vegetação do Estado de Goiás – revelou que as bacias do Rio Meia Ponte e do Rio dos Bois, em Goiás, abrigam uma área de vegetação nativa significativamente maior do que se estimava até então.

O projeto foi viabilizado por meio de um convênio entre a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás e a Universidade Federal de Goiás (UFG) e executado pelo Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento da UFG.

Usando plataformas como Google Earth Engine, QGIS e Python, os pesquisadores mapearam 12.563 quilômetros quadrados de vegetação nativa – uma área 42% superior ao que apontavam bases como o MapBiomas.

O objetivo principal da pesquisa foi identificar e classificar formações como florestas secas, savanas úmidas e campos nativos do Cerrado, além de localizar áreas degradadas ou em recuperação.

“Esse trabalho é essencial para que o Estado conheça com precisão o que ainda resta de vegetação nativa, onde está localizada e de que tipo é. Isso contribui diretamente para políticas de preservação, estratégias de recuperação e até projetos de crédito de carbono”, explicou a Dra. Elaine Barbosa, coordenadora geral do projeto.

O Dr. Nilson Clementino Ferreira, coordenador técnico do Atlas e professor da Escola de Engenharia Civil da UFG, destacou que a equipe utilizou imagens de satélite de altíssima resolução, como as fornecidas pelo CBERS-4A, que permitem observar detalhes com até dois metros de precisão: “Esse nível de detalhamento nos permitiu identificar pequenos fragmentos de vegetação que passam despercebidos em bases com resolução inferior, como as de 30 metros”.

Mesmo fragmentados e cercados por áreas agrícolas, esses espaços de vegetação nativa funcionam como refúgios essenciais para a biodiversidade do Cerrado. “Mesmo degradados, eles cumprem um papel vital no ecossistema e precisam ser preservados”, acrescentou o Dr. Nilson Ferreira.

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Autores/Pesquisadores Citados

Coordenadora do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento da UFG
Professor da Escola de Engenharia Civil da UFG

Instituições Citadas

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