
National Institute on Aging/NIH via Wikimedia Commons
Placas beta-amiloides e tau no cérebro
Fonte
Anja Lapac, Centro de Comunicação Corporativa da Universidade Técnica de Munique
Publicação Original
Áreas
Resumo
Em modelos experimentais, pesquisadores na Alemanha e na Suíça continuaram estudos sobre os efeitos de peptídeos macrocíclicos sobre a formação de amiloides, que são um problema comum em várias doenças.
Como resultados importantes, as miniproteínas sintéticas inibiram tanto a formação de amiloide na doença de Parkinson quanto as interações proteicas nocivas entre as doenças de Parkinson, Alzheimer e diabetes tipo 2.
Se os resultados forem confirmados em estudos subsequentes, estes peptídeos macrocíclicos poderão ser usados no desenvolvimento de fármacos multifuncionais.
Foco do Estudo
Por que é importante?
Nas doenças de Alzheimer, Parkinson e diabetes tipo 2, desenvolvem-se agregados e depósitos proteicos nocivos, conhecidos como placas amiloides. Há também muitas evidências de que essas três doenças estão interligadas e se reforçam mutuamente.
Até o momento, nenhum medicamento pode prevenir o desenvolvimento de Alzheimer, Parkinson ou diabetes tipo 2. Isto motiva a pesquisa de desenvolvimento de novos fármacos, principalmente pelas projeções de crescimento da prevalência destas doenças.
Além disso, pesquisas recentes mostraram conexões complexas entre as três doenças: as interações entre as proteínas formadoras de amiloide de cada doença podem acelerar e intensificar a agregação proteica prejudicial nas outras doenças. Por exemplo, pacientes com diabetes tipo 2 também apresentam um risco aumentado de desenvolver Parkinson ou doença de Alzheimer.
Estudo
Uma equipe de pesquisa liderada pela Dra. Aphrodite Kapurniotu, professora de Bioquímica de Peptídeos na Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, demonstrou que miniproteínas sintéticas (peptídeos macrocíclicos) inibem tanto a formação de amiloide no Parkinson quanto as interações proteicas nocivas entre as doenças de Alzheimer, Parkinson e diabetes tipo 2 em modelos experimentais.
Anteriormente, os pesquisadores já haviam utilizado os peptídeos em modelos experimentais para prevenir a formação de agregados de proteína amiloide que ocorrem na doença de Alzheimer e no diabetes tipo 2.
Além de pesquisadores da TUM e do Hospital Universitário da TUM, também participaram do estudo colegas pesquisadores da Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU) e do Helmholtz Munique, na Alemanha, e da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça.
O estudo foi publicado na edição internacional da revista científica Angewandte Chemie.
Mais pesquisas são necessárias antes que medicamentos adequados possam ser lançados. No entanto, acreditamos que nossos peptídeos são candidatos valiosos para o desenvolvimento de medicamentos eficazes para o tratamento de Parkinson, Alzheimer, diabetes e suas comorbidades
Resultados
Em modelos experimentais, os pesquisadores conseguiram inibir a formação de agregados proteicos na doença de Parkinson com a ajuda dos peptídeos macrocíclicos.
Além disso, esses peptídeos também suprimem interações prejudiciais entre as proteínas das três doenças.
Eles imitam certas características na estrutura de uma das proteínas. Isso permite que se liguem às proteínas formadoras de amiloide das três doenças. Suas interações são bloqueadas e a formação de amiloide é evitada.
Pedidos de patente já foram depositados e os pesquisadores continuam trabalhando no desenvolvimento dos peptídeos macrocíclicos, já que essas proteínas sintéticas podem servir de base para futuros medicamentos antiamiloides multifuncionais.
O próximo passo da pesquisa é a realização de estudos em modelos animais.
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Autores/Pesquisadores Citados
Publicação
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