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Parkinson: atividade física diária protege regiões vulneráveis do cérebro e ajuda a retardar declínio cognitivo
Pesquisadores sugerem incorporar sistemática de programas de atividades físicas no tratamento abrangente da doença de Parkinson
Freepik
9 de agosto de 2025, 14:48

Fonte

Universidade de Sevilha

Publicação Original

Áreas

Educação Física, Envelhecimento, Epidemiologia, Fisioterapia, Gerontologia, Neurociências, Neurologia, Psiquiatria, Saúde Mental, Saúde do Idoso, Terapia Ocupacional

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Resumo

A partir de dados de pacientes em estágios iniciais da doença, coletados anteriormente na coorte internacional Parkinson’s Progression Markers Initiative (PPMI), pesquisadores desenvolveram um estudo longitudinal que acompanhou 120 pacientes ao longo de quatro anos, onde puderam observar as alterações cerebrais dos pacientes ao longo do tempo.

Os pesquisadores usaram o questionário da Escala de Atividade Física para Idosos (PASE) para quantificar as atividades físicas desenvolvidas no dia a dia e contaram com exames de ressonância magnética de alta resolução para acessar a espessura do córtex cerebral e o volume de estruturas profundas, como o hipocampo e a amígdala, principais áreas-alvo da neurodegeneração na doença de Parkinson.

Os resultados mostraram que o efeito neuroprotetor da atividade física sobre essas regiões mediou muitos dos benefícios observados no desempenho cognitivo.

Foco do Estudo

Avaliar, em estudo longitudinal, os efeitos da prática de atividades físicas diárias sobre o declínio cognitivo de pacientes com Parkinson.

Por que é importante?

Estudo

Graças à análise desses dados longitudinais, pudemos observar como o exercício regular está associado a uma menor perda de tecido cerebral em regiões vulneráveis à doença de Parkinson

Patricia Diaz-Galvan, pesquisadora do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS) e primeira autora do estudo

Resultados

Sabíamos que o exercício ajuda a melhorar os sintomas motores da doença de Parkinson, mas essas descobertas vão além: demonstram que a atividade física protege áreas do cérebro críticas para a função cognitiva e que esse efeito neuroprotetor é um fator-chave para retardar o declínio cognitivo. Isso reforça a necessidade de considerar o exercício regular como um pilar fundamental no tratamento da doença de Parkinson desde os estágios iniciais

Dr. Pablo Mir, professor da Universidade de Sevilha

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor da Universidade de Sevilha
Pesquisador do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS)
Pesquisadora do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS)

Publicação

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