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Cérebro humano: novo estudo liga conectividade e função de regiões cerebrais
Estudo avança sobre a compreensão dos padrões de conectividade cerebral, podendo trazer um olhar diferente sobre diversas doenças ou condições

vectorfusionart via Shutterstock

29 de outubro de 2025, 14:58

Fonte

Jeff Grabmeier, Ohio State News

Publicação Original

Universidade Estadual de Ohio

Áreas

Bioinformática, Biologia, Computação, Epidemiologia, Modelagem Matemática, Neurociências, Neurologia, Simulação Computacional

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Resumo

Usando modelos computacionais que vincularam dados do Projeto Conectoma Humano a resultados de meta-análise de uma ferramenta on-line que fornece um mapa cerebral para qualquer processo cognitivo, pesquisadores puderam construir uma visão panorâmica mais precisa da ‘impressão digital de conectividade’ de regiões específicas do cérebro humano.

Os resultados mostraram uma correlação consistente e robusta entre conectividade e função em todo o cérebro e em todos os domínios cognitivos.

Isso pode permitir que os pesquisadores estudem pessoas com diversas doenças ou condições e observem como suas funções cerebrais e conectividade diferem do que foi encontrado neste trabalho.

Foco do Estudo

Compreender melhor padrões de conectividade do cérebro como um todo.

Por que é importante?

Pesquisas anteriores mostraram a relação entre conectividade e função cerebral apenas para uma ou algumas funções, como percepção ou interações sociais.

Mas os cientistas ainda não tinham uma visão panorâmica do cérebro como um todo e de suas diversas funções e interconexões.

Estudo

Um novo estudo forneceu a melhor evidência até o momento de que os padrões de conexão entre várias partes do cérebro humano podem revelar aos cientistas as funções especializadas de cada região.

“Encontramos evidências que sugerem que a conectividade é um princípio organizacional fundamental que rege o funcionamento cerebral, o que tem implicações para a compreensão do que acontece quando algo dá errado no cérebro”, afirmou Kelly Hiersche, doutoranda em Psicologia na Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, e primeira autora do estudo.

As descobertas proporcionam aos cientistas uma visão mais precisa da ‘impressão digital de conectividade’ de regiões específicas do cérebro humano.

“Nossas descobertas nos ajudam a entender o padrão de conectividade que torna única uma área da linguagem, por exemplo, e o que a diferencia de áreas adjacentes no cérebro”, disse o Dr. David Osher, professor de Psicologia na Universidade Estadual de Ohio e autor sênior do estudo.

Os pesquisadores utilizaram dados do Projeto Conectoma Humano, que incluiu 1.018 indivíduos cujos cérebros foram submetidos a ressonância magnética para examinar os padrões de conectividade cerebral.

Então, os cientistas usaram o NeuroQuery, uma ferramenta on-line de meta-análise que fornece um mapa cerebral para qualquer processo cognitivo, refletindo como o cérebro de uma pessoa se ativaria em 33 processos cognitivos, incluindo fala, tomada de decisão, audição musical e percepção facial. Depois, Kelly Hiersche e seus colegas construíram modelos computacionais que vinculam os dados de conectividade aos resultados da meta-análise do NeuroQuery.

Assim como a impressão digital de cada pessoa é única, descobrimos que diferentes regiões cerebrais possuem impressões digitais de conectividade que as identificam de forma única, com base na função mental que desempenham

Dra. Zeynep Saygin, professora de Psicologia na Universidade Estadual de Ohio e coautora do estudo

Resultados

Os resultados mostraram uma correlação consistente e robusta entre conectividade e função em todo o cérebro e em todos os domínios cognitivos. Em outras palavras, os pesquisadores observaram que padrões específicos de conectividade podiam prever se uma parte do cérebro estaria ativa – ou inativa – em diversas tarefas, seja observar um rosto, falar ou tomar uma decisão.

Uma das principais contribuições deste estudo é que, graças à visão panorâmica do cérebro, ele pode fornecer aos cientistas uma base de referência de como os cérebros normais funcionam em adultos jovens, disse Kelly Hiersche.

Isso permitirá que os pesquisadores estudem pessoas com diversas doenças ou condições e observem como suas funções cerebrais e conectividade diferem do que foi encontrado neste trabalho, concluiu a doutoranda.

Os resultados foram publicados recentemente na revista Network Neuroscience.

[Os resultados] corroboram uma hipótese amplamente aceita entre neurocientistas, de que a conectividade cerebral determina a função cerebral, mas isso não havia sido demonstrado explicitamente até agora, e não em uma gama tão ampla de domínios cognitivos

Dr. David Osher, professor de Psicologia na Universidade Estadual de Ohio

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Autores/Pesquisadores Citados

Kelly Hiersche

Doutoranda em Psicologia na Universidade Estadual de Ohio

Dra. Zeynep Saygin

Professora de Psicologia na Universidade Estadual de Ohio

Dr. David Osher

Professor de Psicologia na Universidade Estadual de Ohio

Publicação

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a revista científica Network Neuroscience (em inglês).

Mais Informações

Acesse a página da ferramenta on-line NeuroQuery (em inglês).

Acesse a página do Projeto Conectoma Humano (em inglês).

Acesse a notícia original completa na página da Universidade Estadual de Ohio (em inglês).

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