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Novas moléculas atuam diretamente contra o vírus da COVID e seus efeitos inflamatórios
3 de fevereiro de 2025, 19:12

Fonte

Ana Carolina Araújo, Jornal da UNIFAL-MG

Publicação Original

Áreas

Assuntos Regulatórios, Bioinformática, Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Entrega de Medicamentos, Farmacologia, Imunologia, Microbiologia, Virologia

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Resumo

Novas substâncias planejadas e sintetizadas no Laboratório de Pesquisa em Química Medicinal da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), sob a liderança do Dr. Cláudio Viegas Júnior, professor do Instituto de Química da universidade, podem atuar diretamente contra o vírus da COVID e seus efeitos inflamatórios.

“Sob o ponto de vista da inovação, essas substâncias apresentam um perfil de ação múltiplo, ou seja, são capazes de exercer efeito antiviral, atuando diretamente sobre o vírus, e na diminuição de sua capacidade infectiva de invadir as células humanas”, explicou o professor.

O professor Cláudio Viegas também destacou que as moléculas apresentam um forte efeito anti-inflamatório: “Elas apresentam, concomitantemente ao efeito antiviral, um forte efeito anti-inflamatório, o que é uma propriedade de alto valor terapêutico no combate aos efeitos agudos e severos da inflamação associada à COVID-19, descrito à época da pandemia como a ‘tempestade de citocinas’, que caracterizava a doença”.

“Com as descobertas, a iniciativa privada ou mesmo setores dos governos estadual ou federal poderão investir no desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia, tornando-a apta aos estudos pré-clínicos e clínicos que compõem as etapas de desenvolvimento de novos fármacos, podendo resultar em novos medicamentos eficazes de menor custo à população”, argumentou o pesquisador.

“Nosso grupo selecionou cerca de 120 moléculas da quimioteca do nosso Laboratório de Pesquisa em Química Medicinal para reinvestigação contra o SARS-COV-2 e em modelos de inflamação pulmonar ou induzidas pelo vírus inativado”, disse o coordenador da pesquisa.

O estudo levou à identificação de pelo menos duas moléculas capazes de inibir a ligação do vírus com o receptor responsável pela entrada do SARS-CoV-2 na célula.

O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores do Laboratório de Virologia Básica e Aplicada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e do Laboratório de Dor e Inflamação do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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