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Roseli Andrion, Agência FAPESP
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Resumo
Uma startup apoiada pela FAPESP desenvolveu um novo tratamento para superfícies de implantes que acelera a integração biológica e diminui o tempo de recuperação e o risco de falhas após o procedimento cirúrgico.
Com aplicabilidade nos segmentos odontológico, ortopédico e cardiovascular, a tecnologia utiliza nanotopografia específica: uma configuração estrutural microscópica que interage intimamente com as células, ajudando o implante a se fixar melhor na estrutura óssea.
A startup Extremus Smart Surface desenvolveu, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma solução que pode acelerar o processo de recuperação de pacientes submetidos a implantes: superfícies que interagem com as células do corpo humano e facilitam a integração biológica do implante.
A tecnologia transforma implantes médicos comuns em implantes com melhor integração, capazes de reduzir tanto o tempo de recuperação quanto o risco de falha.
“Nós otimizamos a integração biológica entre o material e o organismo por meio do tratamento de superfície. Embora seja invisível aos olhos do paciente e do médico, isso acelera significativamente a cicatrização”, destacou Diego Pedreira de Oliveira, doutor em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e fundador da Extremus Smart Surface.
A nova tecnologia usa uma nanotopografia específica: uma configuração estrutural microscópica que interage intimamente com as células, ajudando o implante a se fixar melhor na estrutura óssea, o que reduz as chances de falha.
Nosso produto não é isolado. Ele transforma a superfície dos produtos de fabricantes parceiros
Resultados de testes pré-clínicos em animais indicam melhorias significativas na fixação. “Além disso, fizemos estudos com células-tronco da medula óssea humana. Elas têm potencial para se diferenciar em várias linhagens. Quando as colocamos em contato com nossa superfície específica para produção óssea, a célula multipotente se transforma em osteoblasto, que forma ossos novos”, explicou o pesquisador.
A empresa atua em três segmentos principais: odontológico, ortopédico (implantes para fêmur, joelho, cotovelo e outros) e cardiovascular. “O mais interessante é que no segmento mais crítico dos implantes, que é o cardiovascular, tivemos a melhor recepção”, revelou o Dr. Diego de Oliveira. Para esse setor, a tecnologia representa uma evolução ainda mais significativa: os dispositivos devem interagir adequadamente com o sistema circulatório, pois qualquer falha pode ter consequências graves.
Como toda inovação na área médica, a solução da startup deve passar por processos regulatórios rigorosos. A empresa não fabrica implantes próprios, mas licencia a tecnologia para fabricantes já estabelecidos. Assim, cada aplicação específica é registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pelos fabricantes. “Depois que registrarmos produtos diversos, a tendência é que a Anvisa entenda que a solução tem eficácia e segurança”, projetou o pesquisador.
Atualmente, o foco da startup está no desenvolvimento para o segmento cardiovascular, que tem alto potencial de impacto.
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