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Nova técnica acelera diagnósticos de câncer infantil
25 de agosto de 2025, 11:20

Fonte

Vanessa Almeida da Silva, Conexão UFRJ

Publicação Original

Áreas

Análises Clínicas, Biomedicina, Epidemiologia, Oncologia, Patologia, Pediatria

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Resumo

Pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criaram e implementaram uma nova tecnologia para acelerar o diagnóstico para tumores sólidos em crianças.

A Dra. Elaine Sobral da Costa, hematologista pediátrica, e a Dra. Cristiane de Sá Ferreira Facio, médica hemoterapeuta, desenvolveram a pesquisa no Núcleo Transdisciplinar de Investigação em Saúde da Criança e do Adolescente, vinculado ao Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da UFRJ (IPPMG-UFRJ).

A técnica desenvolvida é baseada na citometria de fluxo e reduz drasticamente o tempo de análise para obtenção do diagnóstico: o que antes era realizado em quinze dias agora pode ser feito em apenas um dia.

A Dra. Elaine explicou que a maneira tradicional de diagnosticar os tumores não hematológicos é bastante demorada quando comparada às técnicas usadas na hematologia:  “Na hematologia, a gente faz o exame da medula óssea e no mesmo dia fala o tipo de leucemia, começa a tratar, faz o laudo e acabou. Já na oncologia, a gente depende de ir para o centro cirúrgico, depois depende do resultado da patologia. E isso demora. Algumas vezes, a gente começava a quimioterapia sem saber o que era, porque ou [o paciente] morria ou começava [o tratamento]”.

O novo tipo de exame, baseado nos exames que já eram realizados na investigação de tumores hematológicos, pode conferir mais agilidade ao processo e já é oferecido a pacientes de diversos hospitais públicos integrantes do Sistema Único de Saúde, como o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), o Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e o Hospital Federal da Lagoa.

A mesma amostra que é utilizada para a realização do exame também passa pela avaliação da área de patologia. Como o procedimento ainda não é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por se tratar, até o momento, de uma pesquisa, ainda não é possível que seja iniciado um tratamento direcionado apenas com o resultado obtido pelo exame.

Em alguns países europeus, como na Bélgica, a técnica desenvolvida pelas cientistas já é utilizada como critério para diagnóstico.

 

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Autores/Pesquisadores Citados

Médica hematologista pediátrica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da UFRJ (IPPMG/UFRJ)
Médica hemoterapeuta do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da UFRJ (IPPMG/UFRJ)

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