
Divulgação, Universidade de Glasgow
Parasita da esquistossomose
Fonte
Universidade de Glasgow
Publicação Original
Áreas
Compartilhar
Resumo
Um novo projeto internacional, liderado por pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, pretende identificar as causas do fracasso do tratamento atual e encontrar recomendações baseadas em evidências para melhorar o controle da doença.
O projeto vai reunir especialistas em esquistossomose, incluindo pesquisadores em epidemiologia, imunologia, genética e modelagem matemática, gestores de programas de controle da esquistossomose e ministérios regionais da saúde, para investigar as causas das limitações do tratamento, tanto em nível individual quanto comunitário, em diversos contextos.
A esquistossomose, uma doença tropical negligenciada causada por vermes parasitas, afeta mais de 240 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria vivendo na África Subsaariana. A transmissão é mais comum em áreas pobres, onde o acesso à água limpa e ao saneamento é limitado, forçando as comunidades a usar água contaminada com os parasitas para o uso diário.
A doença tem consequências graves para a saúde, especialmente em crianças, incluindo anemia, retardo de crescimento e comprometimento do desenvolvimento cognitivo.
A infecção prolongada por esquistossomose pode levar a danos em órgãos, incluindo insuficiência hepática e renal, e câncer de bexiga, além de causar problemas reprodutivos graves e dor.
Apesar dos extensos esforços para combater a esquistossomose, a doença permanece disseminada em muitas regiões.
Agora, pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, vão liderar uma ampla colaboração internacional com outros parceiros do Reino Unido e também de Camarões, Costa do Marfim e Malawi, para entender melhor por que a esquistossomose continua sendo uma doença devastadora em muitas partes da África, apesar de mais de duas décadas de administração em massa de medicamentos.
O projeto DRIVERS, que recebeu recentemente um financiamento de £ 8,1 milhões (cerca de R$ 58 milhões), visa identificar as causas do fracasso do tratamento da esquistossomose e encontrar recomendações baseadas em evidências para melhorar o controle da doença.
Estou entusiasmada por trabalhar com especialistas globais para realmente descobrir por que o tratamento medicamentoso não é eficaz em algumas pessoas e por que certas comunidades continuam a apresentar uma transmissão tão alta, apesar dos repetidos tratamentos medicamentosos em massa. Os resultados serão rapidamente compartilhados com outros países afetados e colegas da Organização Mundial da Saúde, para fornecer recomendações baseadas em evidências que nos ajudem a avançar rumo à eliminação desta doença debilitante como um problema de saúde pública
O projeto reunirá especialistas em esquistossomose, incluindo pesquisadores em epidemiologia, imunologia, genética e modelagem matemática, gestores de programas de controle da esquistossomose e ministérios regionais da saúde. Juntos, os especialistas vão investigar as causas dos maus resultados do tratamento, tanto em nível individual quanto comunitário, em diversos contextos.
Ao coletar e analisar dados de toda a Costa do Marfim e do Malawi, o projeto espera refinar as estimativas das ligações entre a carga de vermes, a contagem de ovos do parasita e a dinâmica de transmissão; e identificar os principais fatores que contribuem para a redução da eficácia dos medicamentos e a rápida reinfecção.
Os pesquisadores pretendem usar esses dados para aprimorar os modelos de transmissão e prever melhor o impacto de estratégias de tratamento direcionadas no controle da doença.
“Estou muito satisfeito em colaborar com outras disciplinas neste projeto, onde podemos preencher lacunas importantes de modelagem e apoiar o desenvolvimento de diretrizes sustentáveis que levarão à eliminação da esquistossomose”, concluiu o Dr. Joaquin Prada, professor da Universidade de Surrey e também um dos líderes do projeto.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Glasgow (em inglês).