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Paul Hellmich e Heidi Willmann, Centro de Comunicação Corporativa da TUM
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Resumo
Na Alemanha, neurocirurgiões implantaram pela primeira vez uma interface cérebro-computador em um paciente tetraplégico, o que pode ajudar a restaurar a independência e melhorar a qualidade de vida.
A tecnologia conta com 256 microeletrodos que capturam sinais da parte do cérebro que planeja e executa movimentos complexos.
Agora, os cientistas pretendem usar o sinal cerebral decodificado para que o paciente consiga controlar um cursor na tela ou um clique do mouse. Em seguida, os pesquisadores esperam que o paciente aprenda a controlar um braço robótico para agarrar objetos.
Após extensa preparação e planejamento, uma equipe de neurocirurgia do Hospital Universitário da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, implantou uma interface cérebro-computador em um paciente paralisado do pescoço para baixo.
O procedimento, que durou mais de cinco horas, foi o primeiro do tipo realizado na Europa.
O dispositivo – que conta com 256 microeletrodos que capturam sinais da parte do cérebro que planeja e executa movimentos complexos – pode viabilizar pesquisas que poderão um dia ajudar a restaurar a independência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
“Com este procedimento, uma interface cérebro-computador foi implantada pela primeira vez na Europa em um paciente tetraplégico”, afirmou o Dr. Simon Jacob, professor de Neurotecnologia Translacional da TUM. “Temos orgulho de ser a primeira instituição acadêmica na Europa a implantar dois desses dispositivos”. Em 2022, a equipe já havia implantado um dispositivo em uma paciente com AVC e distúrbio de linguagem, o que possibilitou mapear o processamento da linguagem no hemisfério direito saudável do cérebro.
O maior desafio foi implantar os eletrodos com precisão absoluta. Essa é a única maneira de obter registros precisos e medir os sinais cerebrais de forma confiável
Agora, a cirurgia permite o início da fase de pesquisas: um computador é conectado ao implante e o sistema extrai a atividade neuronal dos sinais transmitidos. Esses dados são então usados para treinar algoritmos de inteligência artificial (IA) para associar padrões específicos de atividade cerebral aos movimentos que o paciente pretende realizar.
Segundo os pesquisadores, o primeiro passo é usar o sinal cerebral decodificado para controlar um cursor na tela ou um clique do mouse. Em seguida, os pesquisadores esperam que o paciente aprenda a controlar um braço robótico para agarrar objetos.
“Em vez de esperar que os humanos se adaptem e aprendam a operar sistemas robóticos, o foco está em projetar sistemas que reconheçam a intenção humana”, afirmou a Dra. Melissa Zavaglia, líder da equipe.
Após algumas semanas de treinamento, a equipe alcançou seu primeiro avanço: enquanto o paciente tenta seguir um cursor em movimento em um monitor, os pesquisadores conseguem identificar, a partir de seus sinais cerebrais, para onde ele pretende se mover.
Em particular, os cientistas esperam que os pacientes possam controlar um smartphone e um braço robótico usando apenas a mente.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Técnica de Munique (em inglês).
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