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Resumo
A doença meningocócica do tipo B é uma das mais letais, especialmente em lactentes. Mas o grupo de maior risco inclui bebês e crianças de até 5 anos de idade, e adolescentes e jovens adultos de 15 a 24 anos.
No Brasil, não há um programa de vacinação contra o meningococo B no Sistema Único de Saúde (SUS), e o imunizante contra o meningococo B é oferecido apenas em clínicas privadas. Em agosto de 2025, o Ministério da Saúde iniciou uma consulta pública para avaliar a inclusão da vacina contra meningite B no SUS, com foco em bebês.
Já na Austrália, o programa público de vacinação contra o meningococo B já tem cinco anos e forneceu 525.755 vacinas para bebês menores de 4 anos e jovens entre 15 e 20 anos, vacinando mais de 240.000 crianças.
“A incidência de meningococo B em crianças do sul da Austrália com menos de um ano de idade diminuiu 73% e caiu 76% em adolescentes de 15 a 18 anos durante esse período de cinco anos”, afirmou a Dra. Helen Marshall, professora da Universidade de Adelaide.
“O meningococo B é uma das cepas mais comuns da doença meningocócica, uma infecção bacteriana aguda que mata cerca de 10% dos infectados e causa incapacidades permanentes em cerca de 20% dos casos”, destacou a professora.
“(…) um total de 19 casos em bebês e 20 casos em adolescentes foram prevenidos nos primeiros cinco anos do programa, e cerca de três mortes foram evitadas, o que significa que um grande número de famílias não teve que lidar com a devastação de perder um filho ou de seu filho ficar incapacitado para o resto da vida devido a uma doença tão grave”, disse a Dra. Helen Marshall.
“Descobrimos que a vacina foi mais de 98% eficaz quando as crianças receberam as três doses e 92% eficaz em adolescentes que receberam duas doses, mostrando que a vacina está funcionando extremamente bem em indivíduos vacinados”, destacou.
“Sabemos que a vacinação é muito importante para proteger bebês e jovens contra a doença meningocócica B, que pode ser fatal – não é uma vacinação que você queira esquecer ou adiar, e é essencial completar o ciclo para estar adequadamente protegido”, concluiu a pesquisadora.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).
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