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Resumo
Um estudo internacional liderado por pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, descobriu que um medicamento para redução do colesterol pode proteger pessoas com alto risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).
O estudo clínico testou um medicamento oral de administração única diária chamado Obicetrapib e constatou que ele reduziu significativamente o colesterol LDL e a lipoproteína (a) [Lp(a)], duas substâncias que contribuem para as doenças cardiovasculares.
Os resultados do estudo clínico de fase 3 foram apresentados pelo professor Dr. Stephen Nicholls, líder do estudo e diretor do Instituto Cardíaco Vitoriano da Universidade Monash. O estudo foi publicado na revista científica New England Journal of Medicine.
O professor Nicholls afirmou que as descobertas marcam um importante avanço para pacientes que têm dificuldade em atingir suas metas de colesterol com as terapias atuais: “Sabemos que muitas pessoas com alto risco de ataque cardíaco ou derrame não conseguem reduzir seus níveis de colesterol o suficiente, mesmo com os melhores tratamentos disponíveis”.
“O Obicetrapib oferece uma nova opção promissora – não só reduziu o colesterol LDL em mais de 30%, como também observamos uma redução na Lp(a), que é muito mais difícil de tratar e tem sido associada ao aumento do risco de doenças cardíacas”, continuou o pesquisador.
O colesterol LDL, frequentemente chamado de ‘colesterol ruim’, acumula-se nos vasos sanguíneos e aumenta o risco de ataque cardíaco e derrame. A lipoproteína (a), ou Lp(a), é um fator de risco hereditário menos conhecido, que também pode acelerar os danos às artérias – e, ao contrário do LDL, atualmente não há tratamentos aprovados para reduzi-la.
O estudo multinacional, randomizado e controlado por placebo envolveu mais de 2.500 pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica ou histórico de doença cardiovascular aterosclerótica que estavam recebendo doses máximas toleradas de terapia hipolipemiante.
Os participantes receberam Obicetrapib ou um placebo, além de seus medicamentos regulares para colesterol. Após 12 semanas, os pacientes que tomaram Obicetrapib reduziram o colesterol LDL em 32,6% e a Lp(a) em 33,5%, em média – e muitos participantes atingiram as metas recomendadas pelas diretrizes pela primeira vez.
O Obicetrapib também foi bem tolerado, com um perfil de segurança semelhante ao de estudos anteriores.
“Esta pode ser uma ferramenta valiosa na luta contra doenças cardíacas. É conveniente, é eficaz e pode ajudar a diminuir a lacuna para pacientes que ficaram sem opções”, concluiu o professor Stephen Nicholls.
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Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica New England Journal of Medicine (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Monash (em inglês).
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