
Fonte
Maya Brownstein, Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard
Publicação Original
Áreas
Resumo
Pesquisadores fizeram uma estimativa dos níveis de consumo global de 15 micronutrientes críticos para a saúde humana.
Os especialistas avaliaram se o consumo atende aos requisitos recomendados e analisaram as inadequações ao longo da vida entre homens e mulheres da população de 185 países.
Os resultados foram considerados alarmantes.
Foco do Estudo
Estudo
Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard e da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (UCSB), nos Estados Unidos, com a colaboração da Global Alliance for Improved Nutrition (GAIN), na Suíça, usaram dados do Global Dietary Database do Banco Mundial e de pesquisas de recordatórios alimentares em 31 países para comparar as necessidades nutricionais com a ingestão nutricional entre as populações de 185 países.
A população foi classificada em homens e mulheres com idades entre zero e 80 anos, que foram divididos em 17 faixas etárias em intervalos de cinco anos, além de um grupo de 80+.
Foram realizadas avaliações de quinze micronutrientes: cálcio, iodo, ferro, riboflavina, folato, zinco, magnésio, selênio, tiamina, niacina e vitaminas A, B6, B12, C e E.
O estudo foi publicado na revista científica Lancet Global Health.
Nosso estudo é um grande passo à frente. Não apenas porque é o primeiro a estimar a ingestão inadequada de micronutrientes para 34 grupos de idade-sexo em quase todos os países, mas também porque torna esses métodos e resultados facilmente acessíveis a pesquisadores e profissionais
Resultados
Este foi o primeiro estudo a fornecer estimativas globais de consumo de 15 micronutrientes críticos para a saúde humana.
A ingestão para quase todos os nutrientes analisados foi inadequada, principalmente para iodo (68% da população global), vitamina E (67%), cálcio (66%) e ferro (65%).
Para a riboflavina, folato e vitamina C e B6, mais da metade das pessoas teve estimativa de consumo inadequado.
Os percentuais do consumo inadequado mais baixos foram para a niacina (22%), tiamina (30%) e selênio (37%), portanto o consumo destes micronutrientes se aproxima mais do suficiente.
Iodo, vitamina B12, ferro e selênio tiveram ingestão menor entre as mulheres do que entre os homens, considerando-se o mesmo país e faixas etárias.
Cálcio, niacina, tiamina, zinco, magnésio e vitaminas A, C e B6 tiveram níveis de consumo mais inadequados entre os homens em comparação com as mulheres.
Tanto homens como mulheres entre 10 e 30 anos estão mais propensos a baixos níveis de ingestão de cálcio, especialmente na Ásia Sul e Oriental e África Subsaariana.
A ingestão de cálcio também foi baixa na América do Norte, Europa e Ásia Central.
“Os resultados são alarmantes”, destacou o Dr. Ty Beal, especialista técnico sênior da GAIN.
O desafio da saúde pública enfrentamos que é imensa, mas profissionais e formuladores de políticas têm a oportunidade de identificar as intervenções alimentares mais eficazes e direcioná-las para as populações mais necessitadas
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica The Lancet Global Health (em inglês).
Mais Informações
Acesse o Global Dietary Database do Banco Mundial (em inglês).
Acesse a notícia completa no Portal ‘The Harvard Gazette’ da Universidade Harvard (em inglês).
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