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Instituto Butantan: projetos de parceria aprovados têm foco no desenvolvimento e produção de vacinas contra a dengue, gripe aviária e vírus sincicial respiratório no Brasil
25 de fevereiro de 2025, 16:50

Fonte

Aline Tavares, Instituto Butantan

Publicação Original

Áreas

Biomedicina, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Engenharia Biológica, Entrega de Medicamentos, Estudo Clínico, Farmacologia, Farmacovigilância, Imunologia, Indústria Farmacêutica, Microbiologia, Vacinas, Vigilância Sanitária, Virologia

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Resumo

O Instituto Butantan foi contemplado com três projetos de parceria que visam o desenvolvimento e a produção de vacinas contra a dengue, gripe aviária e vírus sincicial respiratório no Brasil.

Os projetos estão no âmbito dos editais do Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) e de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde.

Uma das PDPs é uma colaboração inédita entre o Butantan e a Pfizer para a produção da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de bronquiolite e pneumonia em recém-nascidos.

A transferência da tecnologia permitirá a produção de 8 milhões de doses por ano, destinadas às gestantes, e poderá evitar 28 mil internações anualmente. O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia em bebês menores de 2 anos, segundo o Ministério da Saúde.

Para a vacina da dengue Butantan-DV – a primeira de dose única contra a doença e que se encontra em validação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – será estabelecida uma parceria com empresa privada para ampliar as capacidades de produção, por meio do PDIL.

A expectativa é disponibilizar, a partir de 2026, 60 milhões de doses da vacina por ano no Sistema Único de Saúde (SUS), em caso de aprovação da Anvisa. Entre 2023 e 2024, o Brasil viveu um aumento de 300% nos casos de dengue.

Já o imunizante contra a gripe aviária H5N8, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan e atualmente na primeira etapa de estudo, representa uma preparação para uma possível pandemia.

A partir do PDIL entre o Instituto e o Ministério da Saúde, será garantido um estoque estratégico da vacina e, em caso de emergência sanitária, haverá capacidade para imunizar a população. A influenza aviária tem gerado preocupação com os recentes casos reportados em humanos no mundo. Nos Estados Unidos, em 2024, mais de 60 casos foram registrados. Até o momento, o Brasil não registrou a doença em pessoas.

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