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Terapia baseada na natureza: a importância de incorporar a interação com a natureza aos cuidados em saúde
18 de julho de 2025, 15:09

Fonte

Rhiannon Koch, Universidade de Adelaide

Publicação Original

Áreas

Assistência Social, Cuidados Paliativos, Educação Física, Envelhecimento, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Gerontologia, Psicologia, Saúde Mental, Saúde do Idoso, Terapia Ocupacional

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Resumo

Uma nova pesquisa da Universidade de Adelaide e da Universidade da Austrália Meridional (UniSA Austrália) mostrou que, embora a terapia baseada na natureza seja fortemente apoiada por profissionais de saúde, ainda são necessárias mais ações para incorporá-la aos cuidados de rotina.

A partir de entrevistas com 77 profissionais de saúde aliados – psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisiologistas do exercício – os pesquisadores descobriram que mais de 94% dos profissionais recomendam regularmente tempo ao ar livre para seus clientes e 97% acreditam que ambientes ao ar livre podem ajudar a prevenir e controlar uma ampla gama de problemas de saúde física, mental e social.

O estudo, realizado na Austrália, foi publicado na revista científica Health and Place.

“Profissionais de saúde aliados podem desempenhar um papel importante na melhoria do acesso e uso da natureza pelas pessoas, para beneficiar sua saúde e bem-estar”, afirmou a Dra. Jessica Stanhope, pesquisadora sênior da Universidade de Adelaide e autora principal do estudo.

Seja para melhorar a dor persistente, hipertensão, problemas respiratórios ou depressão, profissionais de saúde aliados reconhecem o potencial terapêutico do tempo passado na natureza.

“Mas, apesar do apoio, barreiras como acesso limitado a espaços verdes, problemas de mobilidade, preocupações com a segurança dos pacientes e até mesmo o ceticismo de outros profissionais podem impedir o uso de terapias baseadas na natureza”, continuou a pesquisadora.

Outros desafios comuns incluem a resistência profissional ou a falta de conhecimento sobre as evidências que sustentam as abordagens baseadas na natureza; fatores ambientais como clima, infraestrutura e falta de design inclusivo; e preocupações dos clientes sobre motivação, capacidade ou credibilidade percebida das terapias naturais.

Mais de 70% dos profissionais de saúde aliados defenderam a oferta e a melhoria de ambientes naturais, com 55% diretamente envolvidos em esforços para tornar os espaços ao ar livre mais acessíveis para terapia.

“Mesmo quando os pacientes não podem fisicamente sair de casa, sabemos que a exposição à natureza – por meio de imagens, sons, aromas ou simplesmente observando cenas naturais – ainda pode ser benéfica”, afirmou a Dra. Jessica Stanhope.

A Dra. Mary Butler, professora da UniSA Austrália e coautora do estudo, afirmou que a natureza deve ser mais plenamente integrada ao design e à prestação de serviços de saúde aliados: “Precisamos traduzir a pesquisa em estratégias práticas para que as atividades baseadas na natureza se tornem parte dos cuidados padrão”.

“Isso inclui melhorar os espaços ao ar livre por meio de melhores caminhos, assentos, sombra e cercas, além de aumentar a conscientização no setor de saúde e na comunidade sobre os benefícios da natureza para o bem-estar. Com o apoio adequado, todos – incluindo idosos e pessoas com deficiência – podem ter acesso à natureza e seus benefícios para a saúde”, concluiu a professora da UniSA Austrália.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisadora sênior da Universidade de Adelaide
Professora da Universidade da Austrália Meridional (UniSA Austrália)

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