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Inteligência Artificial pode detectar origem exata do mel, evitar fraudes e proteger consumidores e apicultores
18 de abril de 2025, 11:27

Fonte

Keila DePape, Universidade McGill

Publicação Original

Áreas

Apicultura, Botânica, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Microbiologia, Qualidade dos Alimentos

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Resumo

Pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, desenvolveram um método baseado em Inteligência Artificial (IA) que consegue verificar a origem do mel, garantindo a veracidade do que está anunciado na embalagem do produto. O estudo, publicado na revista científica Analytical Chemistry, também teve a participação de pesquisadores da Agilent Technologies.

“O mel é uma das commodities mais propensas a fraudes no comércio global. Muitas vezes, isso envolve a rotulagem incorreta de onde foi produzido ou dos tipos de flores das quais as abelhas coletaram o néctar”, disse o Dr. Stéphane Bayen, professor e chefe do Departamento de Ciência dos Alimentos e Química Agrícola da Universidade McGill e autor principal do estudo.

Méis produzidos a partir de uma única flor costumam ser mais caros, valorizados por seus sabores únicos e potenciais benefícios à saúde.

O novo método pode determinar que tipo de flores as abelhas visitaram para produzir um determinado mel, o que é importante porque os consumidores podem pagar um valor adicional por isso.

Até o momento, a confirmação da autenticidade do mel é feita por meio da análise de pólen, uma técnica que pode dar resultados incorretos após o processamento ou filtragem do mel. A nova abordagem utiliza espectrometria de massas de alta resolução para escanear o mel em nível molecular e criar uma ‘impressão digital’ química única. Então, algoritmos de aprendizado de máquina leem a impressão digital para verificar a origem do mel.

Para validar a precisão do método, os pesquisadores realizaram testes em diversas amostras de mel e compararam os resultados com mel de fontes conhecidas.

“Atualmente, identificar a verdadeira origem do mel pode levar dias. Com o nosso método, podemos fazer isso em minutos, mesmo para méis processados, onde as técnicas tradicionais falham”, concluiu o professor Stéphane Bayen.

Os pesquisadores esperam ver a nova técnica adotada por agências de inspeção de alimentos em todo o mundo.

O próximo passo da pesquisa é a aplicação da técnica para outros produtos alimentícios propensos a rotulagem incorreta.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Departamento de Ciência dos Alimentos e Química Agrícola da Universidade McGill

Instituições Citadas

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