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Resumo
Usando a Inteligência Artificial (IA) com foco no auxílio à contenção dos impactos das fortes chuvas no município do Rio de Janeiro, o grupo de pesquisa RioNowcast+Green, coordenado pela Dra. Mariza Ferro, professora do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), desenvolveu o chamado Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas (IVCE).
O índice foi criado no âmbito do projeto Rio60°, uma colaboração entre o grupo e o jornalista científico Thiago Medaglia, da Ambiental Media, com apoio do Instituto Serrapilheira, do Pulitzer Center e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Os pesquisadores pretendem colaborar na prevenção e contenção de danos causados por eventos climáticos extremos, auxiliando na tomada de decisão no âmbito da administração pública.
O grupo reúne estudantes de diferentes níveis, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, contribuindo, além da formação técnica, com uma formação cidadã, capaz de sensibilizar os jovens cientistas para os efeitos reais das mudanças climáticas sobre a população mais vulnerável.
O IVCE cruza dados de geolocalização, infraestrutura urbana e riscos geológico e socioeconômico. A combinação de ciência da computação, inteligência artificial e jornalismo científico levou à tradução dos resultados acadêmicos em visualizações acessíveis, ampliando a capacidade de comunicação e influência da pesquisa junto à sociedade civil e aos gestores públicos.
Desenvolvido para identificar com mais precisão onde estão os maiores riscos e vulnerabilidades, a ideia é que seja um índice de síntese, baseado em três aspectos fundamentais: social, econômico e ambiental.
O IVCE revelou que 599 mil domicílios particulares no Rio estão vulneráveis a deslizamentos e inundações. Destes, praticamente 25% estão em áreas de vulnerabilidade muito alta. O levantamento também apontou que, dos 60 mil domicílios vulneráveis a deslizamentos, 10 mil estão em áreas de risco muito elevado.
Com os primeiros resultados do IVCE divulgados, o projeto RioNowcast+Green avança para uma nova etapa, marcada pela ampliação do uso de IA para o enfrentamento de eventos climáticos extremos.
No que diz respeito às chuvas, o foco agora é tornar os mapas de risco mais dinâmicos a partir de uma previsão meteorológica e que seja possível identificar, de forma automatizada, o nível de risco em cada área. Essa abordagem permitirá maior precisão na antecipação de desastres, contribuindo para a tomada de decisões rápidas.
Além disso, a IA será utilizada para criar modelos de simulação voltados à definição de rotas de fuga seguras e à avaliação da capacidade de resposta de comunidades vulneráveis.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Federal Fluminense.
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