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Resumo
A garantia do direito à informação sobre boas práticas obstétricas durante o pré-natal ainda é um desafio no Brasil.
Recentemente, uma dissertação do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco desenvolvida por Maísa Oliveira e orientada pela Dra. Camila Pimentel, pesquisadora do Departamento de Saúde Coletiva, investigou como as gestantes são preparadas para o parto durante o pré-natal, em Olinda/PE.
O estudo revelou uma realidade marcada pela falta de acesso a informações essenciais, como o direito a um parto humanizado e a escolha de qual maternidade poderá realizar o procedimento, além de práticas que perpetuam a violência obstétrica e a hierarquização na relação entre profissionais de saúde e gestantes.
A pesquisa teve como ponto de partida a experiência da autora como Promotora de Justiça na fiscalização dos serviços de saúde pública. A falta de informação adequada durante o pré-natal compromete a preparação para o parto e contribui para casos como de violência obstétrica.
O estudo destacou que, embora a Rede Cegonha – estratégia nacional lançada em 2011 para humanizar a atenção ao parto e ao nascimento – tenha sido renovada em Olinda, a rede de atenção obstétrica local enfrenta sérios desafios.
As mulheres entrevistadas relataram suas experiências durante o pré-natal, com relatos de acolhimento e orientações positivas, mas também de desrespeito, falta de privacidade e superlotação. Muitas destacaram que suas expectativas em relação ao parto foram influenciadas por experiências anteriores, incluindo casos de violência obstétrica e perdas gestacionais, que deixaram marcas profundas.
A pesquisa concluiu que a promoção do direito à informação sobre boas práticas obstétricas ainda é insuficiente, com o pré-natal focado principalmente nos aspectos biomédicos mas pouca integração das gestantes no processo de decisão.
Para transformar essa realidade, o estudo recomenda a criação de indicadores para monitorar as boas práticas e a implementação do plano de parto como estratégia para garantir a autonomia e a informação das gestantes.
O estudo reforça a necessidade de uma abordagem mais humanizada e integral no cuidado pré-natal, garantindo que as gestantes sejam informadas e protagonistas de suas próprias experiências de parto.
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Acesse a notícia original completa na página da Fundação Oswaldo Cruz.
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