
Fonte
Cristina Legido-Quigley, King’s College London
Publicação Original
Áreas
Resumo
Estudo identificou uma nova relação entre a contagem de lipídios no sangue em crianças e o risco de desenvolver doenças que afetam o metabolismo.
Novo exame de sangue considerando esses lipídios pode servir como alerta para o risco de desenvolver obesidade, diabetes tipo 2 e doenças hepáticas e cardíacas futuramente.
Foco do Estudo
Estudo
Pesquisadores do King’s College London, no Reino Unido, e da Universidade de Copenhague, do Steno Diabetes Center em Copenhague e da Universidade do Sul da Dinamarca, identificaram nova relação entre lipídios no sangue e doenças que afetam o metabolismo em crianças.
Em um estudo transversal, os pesquisadores usaram a técnica de lipidômica baseada em espectrometria de massa para acessar o lipidoma periférico em 958 crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade e 373 crianças com peso normal.
Destas, 200 crianças foram submetidas, durante um ano, a uma intervenção no estilo de vida para pessoas obesas, que é comum na Dinamarca, chamada de ‘modelo Holbaek’.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Medicine.
Por décadas, cientistas confiaram em um sistema de classificação para lipídios que os dividia em colesterol bom e ruim, mas agora, com um simples exame de sangue, podemos avaliar uma gama muito mais ampla de moléculas lipídicas que poderiam servir como sinais de alerta precoce de doenças [cardiometabólicas em crianças]
Resultados
Os resultados contestam que o colesterol seja uma das principais causas de complicações relacionadas à obesidade em crianças, pois foram identificadas novas moléculas lipídicas que contribuem para os riscos à saúde.
Os pesquisadores relataram um aumento nas ceramidas, juntamente com uma diminuição nos lisofosfolipídios e ácidos graxos ômega-3 com o metabolismo da obesidade. Ceramidas, fosfatidiletanolaminas e fosfatidilinositóis foram associados à resistência à insulina e ao risco cardiometabólico, enquanto as esfingomielinas mostraram associação inversa.
No grupo de intervenção, foram observadas reduções nas medidas de lipídios ligados ao risco de diabetes, resistência à insulina e pressão arterial, apesar das melhorias limitadas no Índice de Massa Corporal (IMC) de algumas crianças.
Os pesquisadores esperam que os médicos possam usar essas novas medidas para tratar crianças com obesidade quando estiverem em risco e não apenas um pouco mais obesas que seus pares.
O reconhecimento precoce de crianças em risco para essas doenças potencialmente fatais é crucial. O estudo fornece fortes evidências da grande necessidade de gerenciamento da obesidade e dá aos pais confiança para intervir na vida de seus filhos de maneira mais compassiva, ajudando-os a perder peso
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
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