Notícia com publicação científica
Estudo observacional associa adoçantes artificiais à aceleração do declínio cognitivo
Considerando dados do estudo Elsa Brasil de mais de 12 mil participantes durante 8 anos, pesquisadores identificaram um aumento de até 62% na taxa de declínio cognitivo global com o consumo regular de adoçantes
Celso Pupo via Shutterstock
4 de setembro de 2025, 15:45

Fonte

Luiza Caires, Jornal da USP

Publicação Original

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos, Educação Alimentar, Engenharia de Alimentos, Envelhecimento, Geriatria, Medicina, Neurociências, Neurologia, Nutrição Clínica, Nutrição Materno Infantil, Saúde Mental

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Resumo

Usando dados de mais de 12 mil participantes do estudo longitudinal Elsa Brasil, acompanhados durante 8 anos a partir de 2008, pesquisadores realizaram um estudo observacional que associou o consumo de adoçantes artificiais à aceleração do declínio cognitivo.

Foi observada uma associação significativa entre maior consumo dos adoçantes aspartame, sacarina, acessulfame-K, eritritol, sorbitol e xilitol a um declínio mais rápido na cognição global, prejudicando particularmente os domínios da memória e da fluência verbal. A pesquisa não considerou o consumo de sucralose.

Os pesquisadores destacaram a possibilidade real de danos à função cognitiva em longo prazo causados pelo consumo contínuo de adoçantes.

Foco do Estudo

Analisar a possível influência do consumo contínuo de adoçantes artificiais sobre o declínio da capacidade cognitiva.

Estudo

O consumo de adoçantes está associado a um declínio [cognitivo] mais rápido do que aquele que já é esperado pelo passar do tempo

Dra. Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP e autora sênior do estudo

Resultados

Já tínhamos evidências sugerindo que [os adoçantes artificiais] poderiam ser prejudiciais, relacionados às doenças cardiovasculares e câncer, e agora temos mais uma [evidência] relacionada à cognição. Acho que essa é a mensagem

Dra. Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP e autora sênior do estudo

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