Notícia com publicação científica
Estudo liderado por cientistas brasileiras nos EUA consegue isolar anticorpos monoclonais que bloqueiam ação do vírus da mpox
Pesquisa identificou alvo inédito que abre caminho para tratamentos e vacinas contra a infecção, classificada como emergência de saúde pública global

Divulgação, Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai

Dra. Camila Coelho (à esquerda) e Dra. Raianna Fantin

23 de setembro de 2025, 17:28

Fonte

Marcus Vinicius dos Santos, UFMG

Publicação Original

Áreas

Biologia, Biomedicina, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Engenharia Biológica, Farmacologia, Imunologia, Microbiologia, Vacinas, Virologia

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Resumo

Pesquisadoras brasileiras com doutorado pela UFMG lideraram um estudo nos EUA – que envolveu dezenas de pesquisadores de mais de 20 instituições –  que conseguiu identificar um alvo inédito que pode viabilizar tratamentos e vacinas contra a infecção por mpox.

Agora, a equipe de pesquisa busca parceiros interessados em licenciar a tecnologia e avançar para os testes clínicos de fase I em humanos.

Foco do Estudo

Avançar em potenciais terapias contra o vírus da mpox.

Por que é importante?

Estudo

Nós isolamos três anticorpos monoclonais humanos potentes que reconhecem a proteína A35 do vírus mpox. Esses anticorpos bloquearam a disseminação viral em ensaios in vitro e protegeram camundongos contra infecções letais, tanto de mpox quanto de vaccinia, um vírus da mesma família. Observamos ainda que pessoas que tiveram mpox e se recuperaram produzem naturalmente anticorpos que reconhecem a mesma região da proteína A35. Esse ponto é fundamental, porque indica que a resposta imune natural se alinha ao que encontramos em laboratório, e isso se traduziu em evolução clínica mais favorável para os pacientes

Dra. Raianna Fantin, pesquisadora do Centro de Pesquisa de Vacinas e Preparação para Pandemias da Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai e primeira autora do artigo

Resultados

Já temos a patente aprovada. Agora buscamos parceiros interessados em licenciar a tecnologia e avançar para os testes clínicos de fase I em humanos. Mas o processo até esse anticorpo ser testado em humanos e ser licenciado pode durar alguns anos. Isso requer grande investimento financeiro, clínico e científico

Dra. Camila Coelho, pesquisadora do Centro de Pesquisa de Vacinas e Preparação para Pandemias da Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai e autora sênior do artigo

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai
Pesquisadora do Departamento de Microbiologia e do Cento de Pesquisa em Vacinas da Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai
Professora do Departamento de Microbiologia da UFMG
Professora do Departamento de Microbiologia da UFMG

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