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Estudo identifica gene envolvido em danos às células cardíacas durante quimioterapia
2 de dezembro de 2024, 13:02

Fonte

Caroline Hemphill, Escola de Medicina da Universidade Stanford

Publicação Original

Áreas

Biologia, Biotecnologia, Cardiologia, Desenvolvimento de Fármacos, Genética, Genômica, Indústria Farmacêutica, Microbiologia, Oncologia, Quimioterapia, Toxicologia

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Resumo

Usando um novo método de triagem genética, pesquisadores podem ter descoberto por que até a quimioterapia eficaz danifica células cardíacas — e ainda identificaram um medicamento que pode manter as células cardíacas saudáveis.

O estudo, publicado na revista científica Cell Stem Cell, foi liderado por pesquisadores da Universidade Stanford e da Escola de Medicina da Universidade Stanford, em colaboração com pesquisadores do Medical College of Wisconsin, da Universidade do Norte do Texas, do Chan Zuckerberg Biohub e da empresa Greenstone Biosciences, nos EUA.

A quimioterapia com doxorrubicina mata células cancerígenas, mas também faz com que células cardíacas possam pulsar fora do ritmo, se organizem incorretamente ou morram. Se usado em altas doses ou por longos períodos, o medicamento pode levar à insuficiência cardíaca, o que limita seu uso, apesar da eficácia no tratamento do câncer.

“Sempre quisemos encontrar uma maneira de evitar essa toxicidade”, disse o Dr. Joseph Wu, professor de Medicina Cardiovascular na Escola de Medicina da Universidade Stanford.

Com este foco, os pesquisadores criaram uma ferramenta de triagem genética a partir da tecnologia CRISPR para descobrir genes que podem estar envolvidos em danos cardíacos induzidos pela doxorrubicina.

A triagem identificou um gene que pode ser um dos principais veículos pelos quais a doxorrubicina causa danos. As células mais saudáveis ​​após o tratamento com doxorrubicina não tinham um gene chamado CA12, que catalisa reações envolvendo dióxido de carbono para manter uma variedade de funções do corpo, como a respiração e a formação de saliva.

Então, os pesquisadores testaram 40 medicamentos que inibem proteínas da anidrase carbônica, como o CA12, para tentar evitar o dano às células cardíacas.

Um medicamento chamado indisulam, atualmente sendo estudado como um potencial tratamento para o câncer, ajudou os cardiomiócitos a sobreviver à toxicidade da doxorrubicina. O indisulam protegeu a capacidade das células cardíacas de relaxar e contrair e auxiliou na manutenção dos processos celulares.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor de Medicina Cardiovascular na Escola de Medicina da Universidade Stanford

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