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Resumo
Na Austrália, está em desenvolvimento um estudo clínico que dá continuidade ao trabalho da Dra. Branka Grubor-Bauk e do Dr. Simon Barry, professores da Universidade de Adelaide que demonstraram que a COVID-19 pode afetar o sistema imunológico muito tempo após a infecção inicial.
Atualmente, os pesquisadores estão recrutando participantes por meio da Clínica de Avaliação de COVID Longa do Royal Adelaide Hospital e da comunidade em geral.
“Sem um registro nacional, é difícil saber a prevalência da COVID longa na Austrália”, afirmou a professora Branka Grubor-Bauk. Mas sabe-se que, para cerca de 5% dos pacientes, os sintomas persistem por mais de três meses após a infecção.
A chamada ‘COVID longa’ geralmente dura de três a quatro meses, mas alguns pacientes ainda relatam sintomas mais de um ano depois, e pode afetar pessoas de todas as idades, independentemente da gravidade da infecção inicial.
Os sintomas da COVID longa podem incluir fadiga persistente, confusão mental, falta de ar, dor no peito, dores articulares e musculares, distúrbios do sono e dificuldade de concentração.
“Nosso estudo foi um dos primeiros no mundo a mostrar que o sistema imunológico permanece disfuncional mesmo seis meses após a infecção por COVID-19”, destacou a professora Branka Grubor-Bauk. “Como não há um teste que possa diagnosticar claramente a COVID longa, os pacientes passam por um longo processo, o que adiciona estresse a uma situação já difícil”, continuou.
“[A COVID longa] é complicada e se apresenta de forma muito diferente em cada pessoa. Quando analisamos em profundidade, vimos que as pessoas com a disfunção mais grave eram aquelas que posteriormente desenvolveram COVID longa”, disse a pesquisadora.
Será colhida uma amostra de sangue dos participantes do estudo, que também responderão um questionário sobre sua experiência com COVID longa.
A equipe fará o acompanhamento dos participantes e, se os sintomas desaparecerem, uma amostra de sangue adicional será coletada para avaliar se o biomarcador também desapareceu.
Se bem-sucedidos, os resultados do estudo clínico serão então traduzidos em um novo teste diagnóstico.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).