
Ana Lucia Scarpin Ramos, UFMT
Clonagem e expressão da proteína NS1
Fonte
Widson Ovando, FAPEMAT
Publicação Original
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Resumo
Na UFMT, pesquisadores estão desenvolvendo um teste do tipo ELISA para detecção da encefalite de ‘Saint Louis’ – uma doença viral rara, mas que pode ser grave – com foco no SUS.
A pesquisa envolve a clonagem e expressão da proteína NS1 recombinante do vírus, utilizada como antígeno em testes ELISA para detecção de anticorpos IgG e IgM.
Os resultados precisam ter alta sensibilidade e especificidade e serão validados posteriormente com amostras humanas previamente processadas.
A encefalite de Saint Louis é doença ainda pouco diagnosticada no Brasil, mas que apresenta potencial de impacto significativo na saúde pública. O arbovírus causador da doença é transmitido por mosquitos do gênero Culex (pernilongos e muriçocas) e pode atingir o sistema nervoso central, causando inflamação cerebral.
Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, estupor, desorientação, coma, tremores, convulsões ocasionais e paralisia espástica.
Atualmente, pesquisadores do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular (LIBM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no campus Sinop/MT estão desenvolvendo um método inovador para melhorar a detecção da encefalite de Saint Louis no Sistema Único de Saúde (SUS): um ensaio imunoenzimático ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) para a detecção de anticorpos contra o vírus.
O projeto é coordenado por Ana Lucia Scarpin Ramos, doutoranda em Biotecnologia e Biodiversidade da UFMT, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT).
Ao final da pesquisa, o novo teste será incorporado à rotina de laboratórios públicos se tornando uma ferramenta valiosa. A detecção precoce, o diagnóstico mais rápido e preciso pode evitar subnotificações e minimizar confusões com outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Com um diagnóstico confiável, os profissionais de saúde poderão tomar decisões mais assertivas no manejo dos pacientes, reduzindo complicações e melhorando os desfechos clínicos
A metodologia da pesquisa envolve a clonagem e expressão da proteína NS1 recombinante do vírus, utilizada como antígeno em testes ELISA para detecção de anticorpos IgG e IgM.
O RNA viral é extraído, amplificado por PCR-RT, e a proteína NS1 é clonada e expressa em células de Escherichia coli. Após a purificação, a proteína recombinante é empregada em testes laboratoriais para determinar sua eficácia na detecção da encefalite de Saint Louis.
“Esses processos serão posteriormente validados com amostras humanas previamente processadas, garantindo alta sensibilidade e especificidade. Os resultados esperados desse estudo vão além do laboratório. Um teste diagnóstico eficaz e acessível, como o proposto, pode transformar a forma como as arboviroses são monitoradas e tratadas no Brasil”, concluiu a pesquisadora.
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