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Resumo
Pesquisadores do Núcleo de Genética Humana e Molecular (NGHM) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estão investigando o papel de células gigantes poliploides/multinucleadas (PGCCs/MNGCs) na evolução agressiva do câncer e na resistência a tratamentos.
A pesquisa é coordenada pela Dra. Débora Meira e pelo Dr. Iúri Louro, professores do Departamento de Ciências Biológicas da UFES.
“O principal objetivo da pesquisa é compreender como e por que surgem essas subpopulações celulares e de que maneira podem ser moduladas para serem contidas e eliminadas do paciente sem causar efeitos colaterais, como resistência aos tratamentos e recidiva do câncer. A partir desse entendimento, o nosso grupo tem buscado investigar estratégias sistêmicas e bioprospectivas para modular as PGCCs/MNGCs”, explicou a professora Débora Meira.
Segundo a professora, essas células “apresentam formatos incomuns e um desequilíbrio em seu ciclo celular, contendo múltiplos conjuntos de cromossomos além do normal, o que lhes confere um tamanho muito superior ao das células tumorais convencionais”.
“Essas células foram identificadas em diversos tumores sólidos e hematopoiéticos – que se originam nas células do sistema hematopoiético, ou seja, nas células responsáveis pela produção dos elementos do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas; esses tumores geralmente se desenvolvem na medula óssea, mas também podem afetar o sangue periférico, linfonodos e outros órgãos linfoides – destacando-se pelo impacto crítico na sobrevivência tumoral”, continuou a pesquisadora.
“O foco tem sido identificar e diferenciar a morfologia das PGCCs/MNGCs – estrutura, aspecto e tamanho – em relação a outras células tumorais comuns, utilizando ferramentas baseadas em inteligência artificial. Esse passo é fundamental para compreender a dinâmica dessas células no tumor e facilitar sua identificação em experimentos futuros”, destacou a Dra. Débora Meira sobre o andamento da pesquisa.
A seguir, os pesquisadores devem analisar lâminas obtidas em colaboração com o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), instituições de referência na pesquisa oncológica no Brasil. Além disso, para comprovações experimentais, serão realizados ensaios de cultura celular, análises de química analítica e outras abordagens laboratoriais para aprofundar o entendimento sobre essas células e testar possíveis intervenções terapêuticas.
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Autores/Pesquisadores Citados
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