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Universidade de Queensland Austrália
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Resumo
Com base em um estudo populacional iniciado em 2012 na Dinamarca, pesquisadores analisaram os dados de mais de 70 mil pessoas para verificar se a deficiência de vitamina D durante a gravidez e na infância poderiam aumentar o risco de desenvolver transtornos do neurodesenvolvimento mais tarde na vida.
Com evidências baseadas em dois biomarcadores relacionados à vitamina D, os pesquisadores realmente verificaram a gravidade da deficiência de vitamina D e seu impacto em condições mentais futuras.
A pesquisa sugeriu que suplementos de vitamina D durante a gravidez e no início da vida podem ajudar a reduzir o risco de transtornos mentais na idade adulta.
Foco do Estudo
Estudo
Recém-nascidos com deficiência de vitamina D têm maior probabilidade de desenvolver transtornos do neurodesenvolvimento, como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), esquizofrenia e autismo.
Essa foi a conclusão de pesquisadores que participaram do maior estudo populacional do gênero, examinando o nível de vitamina D de 71.793 pessoas, muitas das quais tiveram um transtorno mental diagnosticado durante a infância e o início da vida adulta.
O Dr. John McGrath, professor do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, liderou o estudo, realizado no Centro Nacional de Pesquisa Baseada em Registros da Universidade Aarhus e no Statens Serum Institut, na Dinamarca.
Os pesquisadores analisaram dados do estudo iPSYCH, iniciado em 2012 para investigar transtornos mentais na Dinamarca.
O professor John Grath explicou que ele e seus colegas examinaram seis transtornos mentais: transtorno depressivo maior, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno do espectro autista (TEA) e anorexia nervosa.
O estudo foi publicado na revista científica The Lancet Psychiatry.
Semelhante à recomendação de suplementos de folato durante a gravidez para prevenir a espinha bífida, nossa pesquisa sugere que otimizar os níveis de vitamina D no início da vida pode reduzir o risco de diversos transtornos do neurodesenvolvimento
Resultados
“Encontramos evidências de que pessoas com menor concentração de vitamina D na infância apresentaram maior risco de esquizofrenia, TEA e TDAH”, destacou o professor.
“Pesquisas anteriores haviam associado a deficiência neonatal de vitamina D a um risco aumentado de esquizofrenia e autismo, mas este estudo examinou uma gama mais ampla de transtornos mentais e incluiu evidências baseadas em dois biomarcadores relacionados à vitamina D e genética relacionada”, continuou o pesquisador.
Segundo o professor John McGrath, a pesquisa sugere que suplementos de vitamina D durante a gravidez e no início da vida podem ajudar a reduzir o risco de transtornos mentais na idade adulta: “A vitamina D é importante para o desenvolvimento do cérebro do bebê, e baixos níveis de vitamina D são comuns em gestantes em todo o mundo. É por isso que muitos países recomendam o uso de suplementos de vitamina D durante a gravidez”.
A vitamina D geralmente vem da exposição solar, mas também pode ser encontrada em alguns alimentos – como salmão, atum, tilápia, cogumelos, gema de ovos e óleos de peixe – e também em suplementos alimentares.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Publicação
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Acesse a revista científica The Lancet Psychiatry (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Queensland Austrália (em inglês).
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