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Convivência com ambientes naturais nas cidades melhora bem-estar, principalmente em regiões com mais desafios sociais e econômicos
12 de maio de 2025, 10:24

Fonte

Universidade de Kobe

Publicação Original

Áreas

Cidades, Ciência Ambiental, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Gestão Ambiental

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Resumo

Na sociedade moderna, o acesso a ambientes naturais pode ser bastante heterogêneo nas cidades, existindo poucas opções para passeios ou caminhadas em áreas verdes principalmente em regiões que enfrentam mais desafios sociais e econômicos.

O Dr. Uchiyama Yuta, cientista ambiental e professor da Escola de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Meio Ambiente da Universidade de Kobe, no Japão, é especialista em estudar como as diferenças nos estilos de vida urbano e rural afetam a qualidade de vida. Recentemente, ele liderou uma equipe de pesquisa que analisou 3.500 entrevistas com moradores em duas grandes áreas metropolitanas do Japão – Tóquio-Yokohama e Osaka-Kobe – para determinar sua relação com a natureza tanto objetivamente (com base na proximidade e acesso a espaços naturais) quanto subjetivamente (com base na percepção de relação com a natureza). Além de pesquisadores da Universidade de Kobe, também participaram do estudo pesquisadores da Universidade Ryukyus, da Universidade Meio, da Universidade de Tóquio e da Universidade Nanzan, todas no Japão.

As respostas foram então categorizadas com base no status socioeconômico por área e no grau de desenvolvimento urbano de sua área residencial para servir como uma terceira dimensão no esclarecimento da relação entre bem-estar e natureza.

Os resultados do estudo, publicado na revista científica Landscape and Urban Planning, mostraram que quanto mais conectadas as pessoas se sentem com a natureza, melhor é seu bem-estar geral, e que essa relação é ainda mais importante em áreas urbanizadas com condições socioeconômicas mais precárias.

Estudos anteriores já sugeriam que passeios em meio à natureza são importantes para manter e melhorar a saúde de pessoas sob estresse, e que isso vale principalmente para moradores de áreas com condições socioeconômicas mais precárias. Por outro lado, moradores de áreas com melhores condições socioeconômicas têm acesso a recursos adicionais para melhorar sua saúde e bem-estar geral, tornando os efeitos da interação com a natureza relativamente menos pronunciados.

O Dr. Uchiyama Yuta explicou o que isso significa para as políticas que visam reduzir a desigualdade no bem-estar: “Prevemos que a conservação e o aprimoramento dos espaços naturais existentes e a organização de eventos comunitários terão um efeito positivo no bem-estar em áreas de status socioeconômico relativamente baixo. Curiosamente, dos fatores que pesquisamos, a experiência com a natureza na infância, em particular, foi um preditor significativo do bem-estar adulto”.

As descobertas do estudo enfatizam que a exposição precoce e o acesso equitativo à natureza são essenciais para a saúde pública.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor da Escola de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Meio Ambiente da Universidade de Kobe

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