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Conservação da Antártica: desafios requerem ação coordenada e proativa
19 de agosto de 2025, 12:08

Fonte

Lauren Baxter, QUT

Publicação Original

Áreas

Ciência Ambiental, Clima, Geociências, Geografia, Gestão Ambiental, Governança Ambiental, Monitoramento Ambiental, Mudanças Climáticas, Oceanografia, Saúde Ambiental, Sustentabilidade

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Resumo

Diante das crescentes pressões globais, uma nova publicação da Securing Antarctica’s Environmental Future (SAEF) destacou a oportunidade de fortalecer e preparar a governança antártica para o futuro, respondendo às ameaças emergentes à conservação com medidas coordenadas e proativas.

Com a contribuição de 131 especialistas em mais de 40 países, com experiência em ciência, política e conservação, a publicação identificou 10 ameaças emergentes que podem desafiar os esforços de conservação da Antártica na próxima década.

Entre as ameaças identificadas estão a probabilidade de eventos de precipitação mais extremos, incluindo queda de neve e chuvas, uma potencial redução na cooperação entre as Partes do Tratado da Antártica e a potencial militarização da região.

Há também possibilidades especulativas, mas ainda preocupantes, como a extração de icebergs e a expansão agrícola.

Uma descoberta particularmente notável é o surgimento de rupturas globais como uma categoria distinta de ameaças – abrangendo eventos como pandemias e conflitos geopolíticos entre as Partes do Tratado, que podem prejudicar a colaboração científica, o monitoramento ambiental e o engajamento diplomático.

“Constatamos que pressões ambientais e geopolíticas persistentes continuam a moldar os desafios de conservação da região”, afirmou o Dr. Zachary Carter, pesquisador do SAEF e professor da Escola de Biologia e Ciências Ambientais da Universidade de Tecnologia de Queensland (QUT) e da Universidade de Adelaide, na Austrália, que liderou a pesquisa.

“Mas também identificamos um conjunto de novas ameaças que refletem desenvolvimentos sociais e ambientais globais mais amplos. Nossas descobertas destacam como os sistemas globais cada vez mais interconectados estão exercendo influência sobre a região”, continuou o pesquisador.

Publicado na revista científica Nature Ecology and Evolution, o artigo substitui uma análise histórica das questões de conservação da Antártica, publicada pela primeira vez em 2012, oferecendo uma reavaliação oportuna mais de uma década depois.

A questão-chave identificada é a crescente dificuldade que o Sistema do Tratado da Antártida enfrenta para responder a ameaças emergentes, particularmente aquelas impulsionadas por mudanças ambientais e geopolíticas globais.

“Devemos lembrar que a Antártida não é apenas uma região selvagem remota; ela desempenha um papel fundamental no sistema climático da Terra, na circulação oceânica e na biodiversidade global”, concluiu o Dr. Dr. Zachary Carter.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor da Escola de Biologia e Ciências Ambientais da Universidade de Tecnologia de Queensland (QUT) e da Universidade de Adelaide

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