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Pesquisa abordou o conceito de competência em informação e a necessidade de pertencimento de mães de pessoas com surdez
20 de fevereiro de 2025, 16:25

Fonte

Fernanda Ortenzi, UEL

Publicação Original

Áreas

Assistência Social, Ciência Social, Fonoaudiologia, Inclusão Social, Psicologia

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Resumo

Em sua tese de doutorado desenvolvida na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a recém-doutora Ana Paula Pereira investigou a forma como mães de pessoas surdas lidam com informações e as relações de pertencimento ligadas a isso por meio de uma pesquisa de campo.

O trabalho foi orientado pela Dra. Adriana Rosecler Alcará, professora do Centro de Educação, Comunicação e Artes da UEL, e foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI).

O estudo, iniciado em 2020 e concluído em dezembro de 2024, considerou o conceito de competência em informação que consiste em um processo de desenvolvimento pessoal e de suas habilidades para aprender e lidar com informações no cotidiano.

De acordo com as pesquisadoras, essa competência está relacionada com habilidades de coleta, seleção, uso e compartilhamento de informações, e o conceito pode ser aplicado a mães de pessoas com surdez nas formas como elas se comunicam com os filhos, aprendem sobre os direitos deles, aprendem a conversar sobre surdez e criar vínculos, entre outros conhecimentos importantes.

A pesquisa também abordou a dimensão do pertencimento, ou seja, a necessidade psicológica de criar vínculos com outras pessoas. As pesquisadoras contam que o grupo escolhido para a realização do estudo foi uma instituição especializada na área da surdez da cidade de Ibiporã, no Norte do Paraná.

Foram realizadas entrevistas com mães surdas e ouvintes, além da aplicação de questionários para o grupo e para os funcionários da instituição. Nas entrevistas, foram feitas as mesmas perguntas para mães com surdez e mães ouvintes, relacionadas à experiência de criação dos filhos com surdez e à busca por informações.

“Os resultados indicaram que a competência em informação pode fazer a diferença na vida das mães e precisa ser desenvolvida com diferentes grupos, especialmente aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade”, explicaram as pesquisadoras.

Segundo as pesquisadoras, foi possível notar que questões como aprender Libras e outras formas de comunicação em família, aprender a buscar apoio em instituições voltadas à surdez e saber buscar informações sobre surdez, educação e direitos são habilidades importantes para o desenvolvimento das mães.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora do Centro de Educação, Comunicação e Artes da UEL
Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual de Londrina

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