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Uma ‘cidade-esponja’ é aquela que tem sua área urbana adaptada para absorver e reter a água das chuvas, evitando enchentes e danos à infraestrutura. A tragédia no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas e alagamentos, trouxe à tona a importância de implementar soluções urbanísticas que garantam o escoamento natural da água.
“Com as mudanças climáticas, a quantidade e a intensidade das chuvas têm aumentado, tornando o cenário mais crítico. Quando uma cidade não conta com áreas permeáveis, como jardins ou espaços arborizados, ela não consegue absorver essa água de maneira eficiente. Sem essas soluções, a água se acumula, causando alagamentos e danos”, explicou a arquiteta Andrezza de Melo Barbosa, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Santa Teresa, em Manaus.
No Brasil, pelo menos 1.942 municípios estão sujeitos a desastres climáticos recorrentes, como enchentes e deslizamentos de terra. Esses municípios abrigam cerca de 73% da população brasileira, ou seja, aproximadamente 148,8 milhões de pessoas. A adoção de uma infraestrutura urbana adaptada para esses desafios é urgente.
O conceito de ‘cidade-esponja’, criado pelo arquiteto chinês Kongjian Yu, busca mitigar esse cenário, criando áreas urbanas capazes de absorver e reter a água da chuva, evitando tragédias como as que ocorreram no Rio Grande do Sul.
Com essa abordagem, a arquitetura e o urbanismo oferecem soluções concretas para a construção de cidades mais resilientes e preparadas para os desafios das mudanças climáticas.
O objetivo das transformações arquitetônicas e urbanísticas de uma cidade-esponja é absorver as águas da chuva, seja em áreas livres ou construídas. A água captada pode recarregar aquíferos e lençóis freáticos locais, enquanto o excesso escorre para áreas de alagamento controladas, evitando enchentes.
Uma cidade-esponja também funciona como uma floresta, com cobertura vegetal que sequestra carbono, além de proteger e introduzir biodiversidade, criando espaços com árvores e fauna local. Esse modelo traz benefícios para a qualidade de vida, o bem-estar dos moradores e pode atrair empresas voltadas para a economia verde e criativa.
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Acesse a notícia original completa na página da Faculdade Santa Teresa.
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