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Complexo Hospitalar da UFC oferece atendimento inédito e gratuito a pacientes com doenças raras
19 de março de 2025, 14:49

Fonte

Dra. Isabella Matos e UFC Informa, Universidade Federal do Ceará

Publicação Original

Áreas

Cuidados Paliativos, Fisioterapia, Medicina, Pneumologia, Saúde do Idoso

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Resumo

O ambulatório de assistência ventilatória do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC) oferece um modelo inédito no país no atendimento a pessoas com doenças neuromusculares e insuficiência respiratória crônica que necessitam de suporte ventilatório.

O serviço gratuito tem foco na qualidade de vida dos pacientes com doenças raras e na orientação de seus familiares.

O ambulatório foi criado em 2023, no Hospital Universitário Walter Cantídio, e funciona em parceria com o projeto de extensão RespLar, coordenado pela Dra. Camila Ferreira Leite, professora  do curso de Fisioterapia da UFC. O atendimento conta ainda com o apoio do Laboratório da Respiração (RespLab), coordenado pelo Dr. Marcelo Alcântara, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas e do Departamento de Medicina Clínica da UFC.

Com uma equipe formada por pneumologistas e fisioterapeutas, a iniciativa realizou até hoje mais de 250 atendimentos. A ideia é evitar agravamentos de quadros e recorrência nas internações dos assistidos.

“Somos pioneiros no acompanhamento desse perfil de pacientes, sendo o único [ambulatório] do Brasil a atender toda essa gama de doenças – insuficiência respiratória crônica e doenças neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica, distrofia de Duchenne, atrofia muscular espinhal, cifoescoliose, bronquiectasias, entre outras. Não existe uma proposta de cura para esse tipo de paciente, mas um acompanhamento para controle de sintomas e aumento de sobrevida”, disse a pneumologista Isabella Matos.

“Esse ambulatório trabalha com ajustes e acompanhamento do suporte ventilatório, tanto de forma preventiva quanto de recuperação. O objetivo é evitar as reinternações, porque esse paciente crônico vira uma porta giratória no hospital, entrando e saindo várias vezes. Diminuindo essas exacerbações, reduzo as entradas do paciente na emergência”, detalhou a fisioterapeuta Betina Tomaz.

“Como são pacientes muito complexos e debilitados, muitos deles têm dificuldades até para falar, então o nosso atendimento é sempre feito de forma conjunta, fazendo alguns testes e medidas, para não fatigar tanto o paciente e ele já sair todo avaliado do ponto de vista multiprofissional”, explicou Isabella Matos.

Além dos ganhos para os pacientes, outra vantagem do serviço tem sido para a gestão hospitalar: estudos em saúde apontam que pacientes internados geram um custo 15 vezes maior do que os acompanhados do ponto de vista domiciliar. “Uma vez que a gente estimule mais esse tipo de atendimento de ambulatórios, vai ser uma economia gigantesca, sem falar do ponto de vista humano”, concluiu a pneumologista.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Professora  do curso de Fisioterapia da UFC
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas e do Departamento de Medicina Clínica da UFC
Preceptora no Programa de Residência em Pneumologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
Fisioterapeuta pesquisadora do Laboratório RespLab da UFC

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