Leitura rápida
Fonte
Publicação Original
Áreas
Compartilhar
Resumo
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença ocular progressiva em que a mácula – a parte da retina responsável pela visão central – degenera. A DMRI é a principal causa de perda de visão central irreversível em pessoas com mais de 50 anos de idade e afetará cerca de 288 milhões de pessoas em todo o mundo até 2040.
“A degeneração macular impacta consideravelmente a vida independente, pois leva à perda da visão central – a visão que você usa para dirigir, ler, assistir televisão e ver o rosto de seus entes queridos”, afirmou a Dra. Lisa Nivison-Smith, cientista da visão na Escola de Optometria e Ciências da Visão da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália.
“Muitas vezes, pessoas nos estágios iniciais da doença não sabem que têm a doença. Algumas podem apresentar alterações na visão, como dificuldade para enxergar com pouca luz ou linhas retas que parecem curvas ou onduladas. Mas, para muitos, a doença não afeta realmente a visão nos estágios iniciais, e as pessoas só descobrem isso quando fazem um exame de retina”, destacou a cientista.
“Ao observar a região da mácula da retina de alguém nos estágios iniciais da degeneração macular, é possível ver pequenos nódulos – depósitos de gordura – na camada dos fotorreceptores”, disse a Dra. Lisa Smith. “À medida que a doença progride, é possível observar um aumento dos danos a essa camada, incluindo a morte dos fotorreceptores, e é isso que causa a perda permanente da visão central.”
Existem dois tipos principais de degeneração macular: a seca (atrófica) e a úmida (exsudativa).
“A forma seca da degeneração macular é mais comum, representando cerca de 80 a 90% dos casos. Ela envolve atrofia geográfica – a morte de fotorreceptores e outras células da retina na mácula ao longo do tempo – levando à perda gradual da visão”, explica a pesquisadora. “A forma úmida, embora menos comum, é mais grave e envolve o crescimento anormal de vasos sanguíneos sob a retina. Esses novos vasos extravasam fluido ou sangue, causando perda rápida da visão”.
Atualmente, só existe tratamento disponível para a versão úmida da DMRI, na forma de injeções que previnem o crescimento anormal dos vasos sanguíneos. No entanto, o sucesso desse tratamento para preservar a visão depende da detecção precoce e do início rápido do tratamento.
Portanto, sem a cura para a degeneração macular, o foco principal está na detecção precoce e na implementação de abordagens para retardar a progressão da DMRI para estágios que ameaçam a visão.
“A degeneração macular é causada por fatores genéticos e de estilo de vida. Portanto, a melhor coisa a fazer é realizar exames oftalmológicos regulares, especialmente se você tiver mais de 65 anos ou histórico familiar da doença”, afirmou a Dra. Nivison-Smith.
“Há evidências que mostram que um estilo de vida saudável, em particular evitando hábitos como fumar, pode reduzir significativamente o risco de degeneração macular. Suplementos alimentares específicos, conhecidos como fórmula AREDS, também podem retardar a degeneração macular quando tomados no estágio correto da doença. Portanto, cuidar de si mesmo e conversar com um médico ou optometrista sobre possíveis suplementos alimentares pode ter um grande impacto”, destacou a especialista.
Atualmente, a Dra. Nivison-Smith e sua equipe estão desenvolvendo métodos para prever melhor a trajetória da degeneração macular em casos individuais, a fim de desenvolver uma abordagem mais personalizada para o tratamento.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Nova Gales do Sul (em inglês).
Notícias relacionadas
Universidade de Sevilha