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Cobre pode ser a chave para o tratamento de neuroblastoma
14 de dezembro de 2024, 15:16

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Cobre pode ser a chave para o tratamento de neuroblastoma

Publicação Original

Áreas

Biologia, Bioquímica, Farmacologia, Imunologia, Imunoterapia, Neurociências, Oncologia

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Resumo

Um medicamento atualmente usado para controlar o excesso de cobre no corpo poderia ser usado para enfraquecer tumores e fortalecer a capacidade de combate das células imunológicas, aumentando a taxa de sucesso do tratamento de neuroblastoma de alto risco de 10% para 50%.

As descobertas, publicadas na revista científica Nature Communications, oferecem esperança para pacientes com neuroblastoma, que é responsável por 15% das mortes por câncer infantil. O neuroblastoma é mais comum em bebês e crianças menores de cinco anos.

O estudo foi liderado por pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, com a colaboração de colegas da Universidade da Austrália Ocidental, da Universidade Curtin e da Universidade de Queensland, também na Austrália; do Instituto Europeu de Oncologia, da Universidade de Bolonha e da Universidade da Calábria, na Itália; da Universidade Médica Greifswald, na Alemanha; e da Universidade de Southampton, no Reino Unido.

Para crianças diagnosticadas com neuroblastoma de alto risco, a terapia com anticorpos anti-GD2 “é uma das terapias mais importantes desenvolvidas, mas só funciona se houver um sistema imunológico forte”, explicou o Dr. Orazio Vittorio, professor da Escola de Ciências Biomédicas da UNSW.

É aí que entra o medicamento TETA (trietilenotetramina). TETA é um agente quelante de cobre que é usado atualmente para tratar a doença de Wilson – um distúrbio genético que resulta no acúmulo excessivo de cobre. O medicamento se liga e remove o metal do corpo.

Pesquisadores descobriram anteriormente que poderiam usar TETA para enfraquecer tumores de neuroblastoma, removendo o cobre do qual eles se ‘alimentam’. Agora, eles mostraram em camundongos que podem transferir esse cobre para neutrófilos, células do sistema imunológico.

“[Esse medicamento] tem o efeito duplo de enfraquecer o tumor e capacitar o sistema imunológico a ficar forte e lutar. Quando o combinamos com a imunoterapia usada atualmente para neuroblastoma, podemos aumentar a taxa de sobrevivência para casos de alto risco de 10% para 50%”, disse o professor Orazio Vittorio.

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