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Cientistas alertam para importância da proteção de crianças expostas a agrotóxicos em áreas rurais
24 de junho de 2025, 18:55

Fonte

Faculdade de Saúde Pública da USP

Publicação Original

Áreas

Agricultura, Agronomia, Assuntos Regulatórios, Bioquímica, Ciências Agrárias, Desigualdade Socioambiental, Gestão de Resíduos, Saneamento, Toxicologia, Vigilância Sanitária

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Resumo

Em um artigo de discussão publicado na revista científica Science of The Total Environment, cientistas destacaram a necessidade de ações urgentes para vigilância e proteção à saúde de crianças expostas a agrotóxicos em áreas rurais de países com menor renda.

A equipe internacional de cientistas foi liderada pelo Dr. Rafael Buralli, professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).

Envolvendo cientistas dos EUA, México, Chile, Costa Rica, Austrália e Malásia, o artigo discute como as crianças são afetadas pelos agrotóxicos, incluindo exposições ambientais, para-ocupacionais e ocupacionais. Apesar de frequentes, essas exposições e seus riscos à saúde infantil são comumente ignoradas em avaliações clínicas, vigilância, regulação e políticas públicas, ressaltaram os autores.

“Nosso modelo agrícola baseado no uso intensivo de agrotóxicos expõe milhares de crianças que vivem em áreas rurais todos os dias a uma carga enorme de substâncias químicas perigosas à saúde. E isso ocorre tanto no agronegócio produzindo em larga escala, como também na agricultura familiar, onde os ambientes de trabalho e moradia se confundem, aumentando a exposição entre crianças, inclusive antes do nascimento”, disse o professor Rafael Buralli.

Esse ambiente é resultado de injustiças sociais e ambientais enraizadas, que afetam desproporcionalmente as crianças rurais em países de menor renda. O enfrentamento do problema exige “respostas coordenadas e sistêmicas que envolvam regulamentação mais rigorosa, vigilância e gestão em saúde aprimoradas, apoio a práticas agrícolas mais seguras e sustentáveis e a inclusão das comunidades rurais nos processos de tomada de decisão. A proteção de crianças contra a exposição prejudicial a pesticidas deve ser reconhecida como uma prioridade de saúde pública e uma questão de justiça social e ambiental”, defendem os autores.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP

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