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Resumo
Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Dra. Juliana Mara Serpeloni, professora do Departamento de Biologia Geral, está liderando um projeto que pretende mapear e identificar possíveis biomarcadores envolvidos na suscetibilidade e no prognóstico do câncer de bexiga.
O estudo parte de resultados de pesquisas anteriores conduzidas no Laboratório de Mutagênese e Oncogenética (LAMON) da UEL, em parceria com a Dra. Carolina Panis, professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Francisco Beltrão, com a contribuição das doutorandas Isabely Mayara da Silva e Beatriz Geovana Leite Vacario.
Estudo do laboratório publicado recentemente mostrou que, no câncer de bexiga, o gene CYP3A4, quando mutado, aumenta a suscetibilidade ao câncer. “No projeto, vimos que indivíduos com alelos mutados, tinham mais chances de ter câncer de bexiga e, quando esses indivíduos eram expostos a agrotóxicos, esse risco era ainda maior”, destacou Isabely da Silva.
No câncer de mama, também foi observada forte interação com a exposição a agrotóxicos e o gene UGT2B7, avaliado durante o mestrado da aluna Beatriz Vacario. “A ideia é que, de agora em diante, possamos explorar esses genes de outras formas para tentar comprovar que eles estão realmente relacionados a fisiopatologias desses cânceres e à exposição a agrotóxicos”, afirmou a professora Juliana Serpeloni.
O estudo também vai considerar outros genes possivelmente relacionados ao câncer de bexiga. As pesquisadoras pretendem utilizar técnicas mais robustas e precisas, como sequenciamento de DNA e biópsia líquida. “Vamos usar essas técnicas mais aprimoradas para melhor explorar o papel que esses genes têm no aparecimento ou prognóstico do câncer de bexiga”, complementou a professora.
Além de avaliar as mutações como candidatos a biomarcadores, o estudo também avaliará o tamanho do telômeros, presentes nas extremidades de todos os cromossomos.
“Os telômeros são regiões de DNA nas pontas dos cromossomos, e o tamanho dessas regiões interfere na instabilidade telomérica e genômica, o que pode favorecer o aparecimento do câncer ou de um tumor de pior prognóstico”, explicou a professora Juliana.
A medição dos telômeros, assim como boa parte da pesquisa, será realizada usando a técnica PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em Tempo Real, que permite a amplificação e a detecção de uma região específica de DNA e a produção de muitas cópias desse trecho da molécula, viabilizando análises quantitativas com um elevado grau de precisão.
O projeto conta com a parceria do Hospital do Câncer de Londrina, de onde já foram coletadas amostras de 400 pacientes diagnosticados com câncer de bexiga.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Acesse a notícia original completa na página do Portal O Perobal, da Universidade Estadual de Londrina.
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