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Resumo
Um estudo realizado pela Universidade de Helsinque e pelo Hospital Universitário de Helsinque, na Finlândia, mostrou que 8% dos refugiados de guerra ucranianos foram hospitalizados devido a ferimentos de guerra. Quase 80% deles eram portadores de bactérias multirresistentes.
O estudo, publicado na revista científica Clinical Microbiology and Infection, também constatou que refugiados não hospitalizados não possuíam mais bactérias multirresistentes do que o demonstrado anteriormente para finlandeses que viajaram pela Ásia, África ou América do Sul.
“As preocupações com o risco de resistência antimicrobiana referem-se especificamente a pacientes hospitalizados em áreas afetadas por conflitos. Descobriu-se que pacientes com ferimentos de guerra eram portadores de bactérias altamente resistentes, que frequentemente causavam infecções graves”, afirmou a Dra. Anu Kantele, professora do Departamento de Medicina da Universidade de Helsinque e líder do estudo.
Os sistemas de saúde em zonas de guerra são particularmente vulneráveis à disseminação de bactérias multirresistentes. “Os hospitais nessas áreas estão sobrecarregados e a prevenção eficaz de infecções é impossível. Essas condições facilitam a disseminação de bactérias difíceis de tratar”, observou a professora Anu Kantele.
Refugiados ucranianos que não haviam sido hospitalizados no exterior antes de chegarem à Finlândia eram claramente menos propensos a serem portadores de bactérias multirresistentes. Descobriu-se que eles carregavam principalmente bactérias E. coli produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL) e, em pacientes individuais, Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA).
“Cidadãos comuns não precisam se preocupar. O problema está relacionado especificamente ao ambiente hospitalar”, enfatizou Tuomas Aro, doutorando na Universidade de Helsinque e especializado em doenças infecciosas.
O sistema de saúde finlandês está preparado para enfrentar o desafio. Nos hospitais finlandeses, os pacientes previamente hospitalizados no exterior são alocados em quartos individuais, com medidas de isolamento de contato em vigor e amostras bacterianas coletadas.
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Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica Clinical Microbiology and Infection (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Helsinque (em inglês).
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