Avaliação ortodôntica em crianças pode evitar problemas futuros nos dentes
Avaliação durante a fase de dentição mista, por volta dos 5 a 6 anos, já pode identificar problemas ortodônticos
Pixabay
14 de agosto de 2025, 11:10

Fonte

Jornal da USP

Publicação Original

Jornal da USP

Áreas

Atenção Primária, Biomateriais, Biomecânica, Impressão 3D, Odontologia, Reabilitação, Saúde da Criança

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Resumo

Em crianças, problemas ortodônticos já podem ser identificados na fase de dentição mista, entre os 5 e 6 anos de idade.

Hábitos como o uso prolongado de chupeta, mamadeira ou o costume de chupar o dedo estão entre os principais causadores de alterações ortodônticas na dentição infantil.

Problemas como mordida aberta anterior e a mordida cruzada podem afetar precocemente a dentição e podem ser corrigidos, evitando problemas futuros nos dentes.

Ortodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo diagnóstico e tratamento das más oclusões – problemas relacionados à posição e ao encaixe dos dentes, tanto em adultos quanto em crianças.

Em crianças, problemas ortodônticos podem começar cedo. Segundo a Dra. Camila Massaro, professora de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP), hábitos como o uso prolongado de chupeta, mamadeira ou o costume de chupar o dedo estão entre os principais causadores dessas alterações na dentição infantil.

Esses hábitos, quando mantidos por muito tempo, podem interferir negativamente na posição e na interação entre os dentes.

A professora explicou que os problemas mais comuns na infância são a mordida aberta anterior e a mordida cruzada.

A mordida aberta anterior ocorre quando os dentes da frente não se encostam, mesmo quando os dentes de trás estão em contato, deixando um espaço visível.

Já a mordida cruzada pode acontecer tanto na parte da frente quanto nos dentes anteriores, quando os dentes superiores se posicionam de forma invertida em relação aos inferiores.

A professora alertou que um erro comum é acreditar que o tratamento ortodôntico só deve começar após a troca completa dos dentes de leite. Segundo a especialista, a primeira avaliação deve ocorrer por volta dos 5 ou 6 anos de idade, assim que o primeiro dente permanente surgir.

O tratamento ortodôntico em crianças pode envolver aparelhos removíveis ou fixos, dependendo do caso. Em situações mais complexas, envolvendo o crescimento dos ossos da face, pode até ser necessária uma cirurgia ortognática.

[Por volta dos 5 ou 6 anos de idade] é uma fase importante para detectar e corrigir problemas logo no início do desenvolvimento

Dra. Camila Massaro, professora de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP)

A ortodontia tem avançado com o auxílio da tecnologia: inteligência artificial, imagens 3D, impressão 3D e novos materiais estão revolucionando a forma como os tratamentos são planejados e executados, sempre em busca de mais conforto e eficiência para o paciente.

Apesar das novidades, o tradicional ‘aparelho de ferrinho’, que usa brackets metálicos, continua sendo o mais comum e eficiente para diversos tipos de correções. Além de ser mais acessível,  não depende da colaboração do paciente para funcionar, o que o torna uma boa opção para as crianças.

Já os alinhadores transparentes também podem ser utilizados em pacientes infantis, desde que bem indicados. No entanto, como são removíveis, exigem disciplina e responsabilidade da criança para garantir o sucesso do tratamento.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.

Autores/Pesquisadores Citados

Dra. Camila Massaro

Professora de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP)

Mais Informações

Acesse a notícia original completa na página do Jornal da USP.

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