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Astrônomo e cirurgiões estão aprimorando tecnologia de imagens para oferecer mais precisão durante cirurgias
24 de julho de 2025, 16:13

Fonte

Universidade Leiden

Publicação Original

Áreas

Biofísica, Cirurgia, Computação, Engenharia Biomédica, Fotônica, Física Médica, Imagens Médicas, Medicina, Modelagem Matemática, Oncologia, Processamento de Imagens

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Resumo

O Dr. Alex Vahrmeijer, professor de Cirurgia de Precisão da Universidade Leiden, nos Países Baixos, tem destacado a dificuldade de reconhecer claramente, durante uma cirurgia oncológica, onde está o limite entre um tumor e o tecido saudável. Nessa linha de raciocínio dos desafios que o cirurgião enfrenta durante uma cirurgia, o Dr.  Joost van der Vorst, cirurgião vascular do Centro Médico da Universidade Leiden (LUMC), destaca a dificuldade de  perceber, a olho nu, os limites do fluxo sanguíneo em um tecido, por exemplo ao operar o pé de um paciente diabético.

Para ajudar os cirurgiões a vencer esses desafios, Dr. Frans Snik, astrônomo e professor da Universidade Leiden, nos Países Baixos, enxergou uma solução potencial para o problema.

O pesquisador se baseia em uma técnica avançada  – chamada espectroscopia de campo integral – que é usada por astrônomos para distinguir entre objetos como estrelas e exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar). Ao estudar as propriedades de espectro e polarização da luz emitida ou refletida por um planeta, os astrônomos também podem determinar a composição da superfície e da atmosfera do planeta.

Agora, os cirurgiões do LUMC querem usar essa técnica para distinguir entre tumores e tecido saudável e também visualizar o fluxo sanguíneo de um membro comprometido durante uma cirurgia.

“A técnica que agora é usada em telescópios será diretamente transposta para o ambiente de tratamento. Esperamos que seja relativamente fácil adaptá-la. É muito mais fácil detectar luz e informações adicionais do corpo humano do que de planetas e estrelas. Não necessariamente por causa da distância, mas porque podemos controlar a fonte de luz no centro cirúrgico e, em seguida, analisar a luz com um dispositivo portátil e prático”, disse o Dr. Van der Vorst.

Esta câmera especial deve indicar durante as cirurgias onde o tumor termina ou onde o fluxo sanguíneo está comprometido. E o dispositivo será menor, mais conveniente e mais portátil do que um telescópio.

Recentemente, o astrônomo e os cirurgiões receberam uma bolsa do Conselho de Pesquisa dos Países Baixos no valor de 1,3 milhão de euros (cerca de R$ 8,4 milhões) para o projeto, chamado Hyperion. Trata-se de um exame hiperespectral e seletivo de polarização da perfusão regional e identificação de neoplasias.

O projeto envolve o desenvolvimento,  teste e otimização de um protótipo, com o objetivo final de lançar o instrumento no mercado.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor de Cirurgia de Precisão da Universidade Leiden
Cirurgião Vascular do Centro Médico da Universidade Leiden (LUMC)
Astrônomo e professor da Universidade Leiden

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