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Resumo
O Dr. Alex Vahrmeijer, professor de Cirurgia de Precisão da Universidade Leiden, nos Países Baixos, tem destacado a dificuldade de reconhecer claramente, durante uma cirurgia oncológica, onde está o limite entre um tumor e o tecido saudável. Nessa linha de raciocínio dos desafios que o cirurgião enfrenta durante uma cirurgia, o Dr. Joost van der Vorst, cirurgião vascular do Centro Médico da Universidade Leiden (LUMC), destaca a dificuldade de perceber, a olho nu, os limites do fluxo sanguíneo em um tecido, por exemplo ao operar o pé de um paciente diabético.
Para ajudar os cirurgiões a vencer esses desafios, Dr. Frans Snik, astrônomo e professor da Universidade Leiden, nos Países Baixos, enxergou uma solução potencial para o problema.
O pesquisador se baseia em uma técnica avançada – chamada espectroscopia de campo integral – que é usada por astrônomos para distinguir entre objetos como estrelas e exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar). Ao estudar as propriedades de espectro e polarização da luz emitida ou refletida por um planeta, os astrônomos também podem determinar a composição da superfície e da atmosfera do planeta.
Agora, os cirurgiões do LUMC querem usar essa técnica para distinguir entre tumores e tecido saudável e também visualizar o fluxo sanguíneo de um membro comprometido durante uma cirurgia.
“A técnica que agora é usada em telescópios será diretamente transposta para o ambiente de tratamento. Esperamos que seja relativamente fácil adaptá-la. É muito mais fácil detectar luz e informações adicionais do corpo humano do que de planetas e estrelas. Não necessariamente por causa da distância, mas porque podemos controlar a fonte de luz no centro cirúrgico e, em seguida, analisar a luz com um dispositivo portátil e prático”, disse o Dr. Van der Vorst.
Esta câmera especial deve indicar durante as cirurgias onde o tumor termina ou onde o fluxo sanguíneo está comprometido. E o dispositivo será menor, mais conveniente e mais portátil do que um telescópio.
Recentemente, o astrônomo e os cirurgiões receberam uma bolsa do Conselho de Pesquisa dos Países Baixos no valor de 1,3 milhão de euros (cerca de R$ 8,4 milhões) para o projeto, chamado Hyperion. Trata-se de um exame hiperespectral e seletivo de polarização da perfusão regional e identificação de neoplasias.
O projeto envolve o desenvolvimento, teste e otimização de um protótipo, com o objetivo final de lançar o instrumento no mercado.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Leiden (em inglês).
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