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Além de avaliar fertilidade masculina, análise do sêmen tem potencial para ajudar a promover estilos de vida mais saudáveis
16 de julho de 2025, 14:46

Fonte

Rhiannon Koch, Universidade de Adelaide

Publicação Original

Universidade de Adelaide

Áreas

Análises Clínicas, Biologia, Biomedicina, Fertilização, Medicina, Microbiologia, Reprodução, Urologia

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Resumo

O desenvolvimento de espermatozoides maduros nos órgãos reprodutores masculinos é um processo altamente sensível e pode ser influenciado por diversos fatores. Por isso, Hannah Lyons e a Dra. Nicole McPherson, pesquisadoras da Escola de Biomedicina da Universidade de Adelaide, na Austrália, acreditam que essa análise pode ser usada para prever riscos à saúde em longo prazo.

Uma análise tradicional do sêmen mede características como volume físico, pH, concentração espermática, movimento, forma e viabilidade das amostras de esperma.

“Embora não seja uma medida definitiva da fertilidade, a análise oferece uma visão valiosa sobre a saúde reprodutiva, que é um componente importante da saúde e do bem-estar geral”, afirmou a Dra. Nicole McPherson.

Um estudo de revisão, liderado pelas duas pesquisadoras da Universidade de Adelaide e publicado recentemente na revista científica Nature Reviews Urology, explorou as complexidades da fertilidade masculina, a suscetibilidade do sêmen ao estilo de vida e a fatores ambientais, e também como a análise pode ser usada para motivar mudanças no estilo de vida e reduzir o risco de doenças crônicas em homens.

“A fertilidade masculina é altamente influenciada por fatores ambientais, de estilo de vida e médicos, com evidências mostrando que intervenções de curto e longo prazo, como suplementação nutricional e mudanças no estilo de vida, podem melhorar a qualidade do sêmen e o potencial de fertilidade”, afirmou a Dra. Nicole McPherson.

“Sabemos que mudanças no ambiente interno devido a exposições ambientais externas e ao estilo de vida em qualquer estágio do desenvolvimento do esperma podem resultar em interrupção da produção e alterações na qualidade do sêmen”, afirmou Hannah Lyons.

A obesidade está associada à redução de parâmetros básicos do esperma, como concentração, motilidade, morfologia e aumento da frequência de infertilidade. Complicações da obesidade, como síndrome metabólica e apneia do sono, também podem afetar a qualidade do esperma.

Mas, segundo a Dra. Nicole McPherson, melhorar o estilo de vida sempre que possível pode resultar em melhorias rápidas e significativas na saúde reprodutiva do homem.

Um resultado anormal na análise do sêmen provavelmente deve inspirar avaliações adicionais de fertilidade e algumas opções de tratamento médico na atenção primária, mas também pode ser uma oportunidade para uma avaliação mais aprofundada da saúde geral, a fim de identificar causas subjacentes dos resultados ruins da análise do sêmen e detectar precocemente o início de doenças crônicas.

Incorporar a fertilidade masculina como parte integrante de uma ampla avaliação da saúde masculina pode mudar a narrativa sobre como a saúde reprodutiva masculina é percebida, aumentar a conscientização sobre suas previsões para uma vida mais saudável e reduzir o estigma geral em torno da infertilidade masculina.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Hannah Lyons

Doutoranda na Escola de Biomedicina da Universidade de Adelaide

Dra. Nicole McPherson

Professora e pesquisadora da Escola de Biomedicina da Universidade de Adelaide

Publicação

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a revista científica Nature Reviews Urology (em inglês).

Mais Informações

Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).

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