
Fonte
ERDERA e Catarina Ribeiro, Universidade de Coimbra
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Resumo
Um novo consórcio na Europa vai receber 380 milhões de euros para apoiar e potencializar a pesquisa, o diagnóstico e o tratamento de doenças raras até 2031.
O projeto ERDERA reúne 170 entidades dos setores público e privado oriundas de 37 países: são universidades, centros de pesquisa, hospitais, autoridades de saúde, entidades reguladoras, agências públicas de financiamento, associações de pacientes, associações médicas, e empresas farmacêuticas e tecnológicas.
O projeto tem 4 pilares centrais: financiamento, rede de pesquisa clínica, serviços de apoio e alinhamento internacional.
Atualmente, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por uma das cerca de 7.000 doenças raras identificadas até aqui. O diagnóstico de doenças raras é muitas vezes difícil e pode demorar anos e cerca de 95% destas doenças não têm, atualmente, qualquer tratamento aprovado.
Neste cenário, a Aliança Europeia para a Investigação de Doenças Raras (ERDERA – European Rare Diseases Research Alliance) vai receber 380 milhões de euros para apoiar e potencializar a pesquisa, o diagnóstico e o tratamento de doenças raras até 2031.
O consórcio de pesquisa e desenvolvimento pretende promover e financiar parcerias e colaborações globais entre diversas instituições, de forma a acelerar a implementação de soluções viáveis para o diagnóstico e tratamento destas patologias.
Liderado pelo Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (INSERM), o consórcio ERDERA reúne 170 instituições dos setores público e privado de 37 países: são universidades, centros de pesquisa, hospitais, autoridades de saúde, entidades reguladoras, agências públicas de financiamento, associações de pacientes, associações médicas, empresas farmacêuticas e tecnológicas.
Em Portugal, participam do ERDERA a Universidade de Coimbra – através do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB) -, a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
… a iniciativa inovadora, que reúne 37 países e diferentes setores, procura revolucionar o panorama das doenças raras, impactando a investigação, o diagnóstico e o seu tratamento. A Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), enquanto líder na área de ‘Alinhamento de capacidades inter(nacionais)’ e no pacote de trabalho ‘Promoção do envolvimento de países sub-representados’, desempenha um papel central na coordenação de esforços internacionais
Pilares Centrais
A estratégia de ação do consórcio ERDERA tem quatro pilares centrais:
1) financiamento, para apoiar projetos de investigação colaborativa, ensaios clínicos e atividades de disseminação de conhecimento;
2) rede de pesquisa clínica, para melhorar o diagnóstico e o desenvolvimento de ensaios clínicos, avaliar o impacto das doenças raras e apoiar o desenvolvimento de terapias avançadas;
3) serviços de apoio, para facilitar a coleta, integração, análise e compartilhamento de informações em escala global, para promover mais educação e formação, para oferecer orientação sobre aspetos específicos da pesquisa translacional e clínica, e para acelerar tecnologias promissoras, em parceria com a indústria;
4) alinhamento internacional, para garantir a sincronização de estratégias nacionais e internacionais de investigação em doenças raras, em particular nos países em que o desenvolvimento e implementação de planos nacionais para doenças raras não estejam tão avançados.
Fazem parte da aliança mais de 1.400 profissionais com experiência em diferentes áreas, como investigação pré-clínica, clínica e translacional; desenvolvimento de medicamentos; inovação no diagnóstico; bioestatística; ciência de dados; regulamentação; financiamento de pesquisa, ciências sociais e humanas; envolvimento de pacientes e educação.
O ERDERA pretende ainda contribuir para a competitividade da União Europeia na pesquisa e inovação em doenças raras e para a criação de novos postos de trabalho.
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Mais Informações
Acesse a página do consórcio ERDERA (em inglês).
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Coimbra.
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