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Vírus sincicial respiratório (VSR) em corte transversal
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Jornal da USP
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Vacina da Pfizer já disponível nos EUA e na rede privada no Brasil protege recém-nascido contra o vírus sincicial respiratório.
Aplicada na mãe na fase final da gestação, a vacina tem alto custo e não foi inicialmente aprovada pelo Ministério da Saúde para ser incorporada ao SUS.
Porém, uma cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pode reduzir o custo e viabilizar a aprovação da vacina no sistema público de saúde.
Uma vacina desenvolvida pela Pfizer contra o vírus sincicial respiratório (VSR) é a única aprovada para imunização materna durante a gravidez e já está disponível nos Estados Unidos e na rede privada no Brasil.
O imunizante mostrou eficácia de cerca de 70% nos primeiros 6 meses de vida dos bebês e é considerado por especialistas um recurso importante para prevenir infecções respiratórias graves em recém-nascidos.
A vacina da Pfizer também foi aprovada recentemente pela agência regulatória FDA nos EUA para aplicação em adultos de 18 a 59 anos.
Segundo a Dra. Ana Marli Sartori, professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), a vacina aprovada no Brasil em 2023 é administrada na mãe entre a 24ª e a 36ª semana de gestação, permitindo que os anticorpos maternos sejam transferidos ao bebê pela placenta.
Nessas crianças pequenas, o sincicial respiratório pode causar uma doença grave, costuma causar febre e tosse, mas ela pode evoluir com falta de ar, chiado no peito, então pode causar tanto uma pneumonia como uma bronquiolite. Pode levar à hospitalização e até a óbito
Embora o imunizante já esteja disponível na rede privada, com custo elevado de R$ 1.800 por dose, sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta desafios.
Desafios
A Conitec, órgão do Ministério da Saúde que avalia a incorporação de tecnologias ao SUS, rejeitou a proposta devido ao preço inicial oferecido pela Pfizer.
Contudo, a professora Ana Sartori explicou que negociações estão em andamento e a possibilidade de aquisição via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pode reduzir os custos, tornando viável a implementação pelo SUS.
“É uma dose única a partir de 24 a 36 semanas de gestação — isso no que foi liberado pela Anvisa, mas o Ministério da Saúde pode fazer algumas alterações nessa faixa de administração da vacina. Tem vários países aplicando em momentos diferentes da gestação, de acordo com várias questões, mas será mais para o fim da gestação, que é o momento em que ocorre a passagem de anticorpos maternos através da placenta para o bebê”, complementou a professora.
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