
Fonte
Anne Trafton, MIT News
Publicação Original
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Resumo
Pesquisadores descobriram novas vias cerebrais que se conectam aos neurônios produtores de dopamina no cérebro.
Ao controlar a quantidade de dopamina no cérebro por meio de dos estriossomas, essas vias poderiam influenciar decisões que têm forte componente emocional.
Foco do Estudo
Estudo
No cérebro humano, o movimento é influenciado por uma região cerebral chamada ‘estriado’, que envia instruções aos neurônios. Essas instruções são transmitidas por duas vias: uma ‘vai’, que inicia o movimento, uma ‘não-vai’, que para o movimento
Em um novo estudo, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), do Allen Institute for Brain Science e da Universidade de Washington, nos EUA, em conjunto com pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram duas novas vias que surgem no estriado e parecem modular os efeitos das vias ‘vai’ e ‘não vai’.
As vias recém-descobertas se conectam aos neurônios produtores de dopamina no cérebro — uma estimula a liberação de dopamina e a outra a inibe. Essa liberação de dopamina pode ser especialmente relevante para ações que induzem ansiedade ou estresse.
Ao controlar a quantidade de dopamina no cérebro por meio de grupos de neurônios conhecidos como estriossomas, essas vias poderiam alterar as instruções dadas pelas vias ‘vai’ e ‘não vai’ e influenciar decisões que têm forte componente emocional.
O Dr. Iakovos Lazaridis, pesquisador do Instituto McGovern de Pesquisa Cerebral do MIT, é o autor principal do artigo, publicado na revista científica Current Biology.
Entre todas as regiões do estriado, os estriossomas sozinhos acabaram sendo capazes de influenciar os neurônios que contêm dopamina, o que achamos que tem algo a ver com motivação, humor e controle de movimento
Resultados
As descobertas sugerem que o modelo clássico de como o estriado controla o movimento precisa ser modificado para incluir o papel dessas vias recém-identificadas.
Os pesquisadores esperam ainda testar a hipótese de que a entrada relacionada à motivação e emoção nos estriossomas do córtex e do sistema límbico influencia os níveis de dopamina de uma forma que pode encorajar ou desencorajar uma ação.
Outra possibilidade que os pesquisadores planejam explorar é se os estriossomas e as células da matriz são organizados em módulos que afetam o controle motor de partes específicas do corpo.
“O próximo passo é tentar isolar alguns desses módulos e, trabalhando simultaneamente com células que pertencem ao mesmo módulo, estejam elas na matriz ou nos estriossomas, tentar identificar como os estriossomas modulam a função subjacente de cada um desses módulos”, concluiu o Dr. Iakovos Lazaridis.
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